La dolce vita

A Milano
AQUI ESTOU, sem saber o que eu faço. Sem saber como reparar um erro do passado. De repente inábil. Ouvindo Chet Baker e fumando um cigarro. Há uns dias atrás tive um acesso de solidão. Não criei vínculos com aqueles amigos com quem apostei. Me roubaram as fichas de um valor sórdido de ser algo que se é sem se querer ser- o mal hereditário. O tempo se reduziu a pó, já que meu passado agora me condena a passar por essa angústia. Vontade muita de cruzar a linha que ainda me liga à meus pais. Faz falta um amor. Faz falta eu estar aqui escrevendo sem você, deitada lá na cama. O bem que isso me faz. O bem que isso me faria, todos os dias. Aquelas coisas todas que você me prometeu com os olhos. Agora eu vejo seus olhos próximos de chorar. Por quê um quase eu? Por q quase com você? Tento me desculpar de coisas que ficaram no passado. E me faz falta chorar outros ritmos e coisas que eu não sei dizer. O outono se vai, com o sopro que leva as velhas verdades. O inverno chegou frio e frio fica meu pé, mesmo de meias. Não dêem valor a nada do que aqui está escrito. São apenas notas que dissonam do que eu realmente sinto e não quero reverberar lugar comum. Estou perdido nas relações humanas. Me sinto isolado. A troca de fluídos e energia com a pessoa que eu amo agora. Escrito infernal. Porque o meu tema é sempre a repetição daquele que não se importa em ser um ribombar de melodramas e choros.
Merda!

Comentários

Hellen Rêgo disse…
Quem inventou o "quase" Gustavo?
Não fosse ele perseguindo tantas vidas...
:)
bj
Hellen Rêgo disse…
ahhh
mt bom o texto!!!
:P

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