Josef Stalin
1878 Gori - 1953 Moscou
Culto à personalidade como arma ideológica

იოსებ ბესარიონის ძე ჯუღაშვილი

Stalin, Photo 1902 Copied from the book "Josef Wissarionowitsch Stalin - Kurze Lebensbeschreibung" (Josef Wissarionowitsch Stalin - Short Live Description) Publishing for Russian literature in foreign languages, Moscow 1947.


Nasceu em Gori, em 18 de sembro 1878. Filho de mãe costureira e pai sapateiro. Antes da Revolução Russa, Stalin era o editor do jornal do partidão, o Pravda "A Verdade". Lugar onde, provavelmente, instruiu-se na arte de manipular as verdades.

Subiu ao poder da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, aos 46 anos, após a morte de Lênin, em 1924, por ser o secretário-geral do Partido Comunista. Tornou-se, na prática, chefe de estado da Rússia durante quase trinta anos, até sua morte, em 1953. Um ditador tirano em um estado totalitário absolutista. O Funk Boss, Il Padrino, O Poderoso Chefão sem-coração, o temível e silencioso Josef Stalin.

Em 1928 iniciou um processo em massa, (tudo na Rússia é em massa) de industrialização e coletivização da agricultura. Essa reorganização social imposta pelo regime soviético provocou a morte por inanição (fome) de quase 4,5 milhões de pessoas na Ucrânia e 3 milhões de outras vítimas em outras partes da União Soviética (totalizando 5 vezes a população do Brasil). Genocídio causado por fome. Fome-genocídio. A reforma acabou por mudar a paisagem geopolítica do planeta.

Em 1934 Stalin utilizou-se da morte de Sergei Kirov - principal líder do partido em Leningrado (ou São Petersburgo) assassinado sob condições obscuras - para promover uma série de repressões que entrariam para história “O Grande Expurgo”. Como líder do sistema político soviético criou uma gigantesca máquina militar e de policiamento que mandou prender e deportar presos civis, opositores, presos políticos e fez uma limpeza étnica. Eram levados em trens para cruzar o país, em caminhões-de-boi e outras formas precárias. A maioria não suportava a viajem e morria antes de chegar ao destino. Quando venciam as viagens, eram sujeitos a um tratamento duro nos gulags – campos de trabalhos forçados na Sibéria e na Ucrânia destinados a silenciar e torturar os opositores ao regime. O gulag tornou-se um símbolo da repressão da ditadura de Stalin. Durante seu governo os seguintes grupos étnicos foram completamente ou parcialmente deportados: ucranianos, polacos, coreanos, alemães, tchecos, lituanos, arménios, búlgaros, gregos, finlandeses, judeus e outras minorias. Essas deportações fizeram surgir movimentos separatistas que geram conflitos étnicos até hoje nos países independentes do leste europeu.

Com a cartilha de Maquiavel e uma ajudinha from hell, fez alianças para alcançar seus objetivos. Assinou um pacto de não-agressão com Hitler para ganhar tempo de reestruturar seu poderio bélico-industrial, imprescindível para deter um inevitável ataque da Alemanha nazista. Hitler desviava-se de um confronto direto com a Rússia, pois naquele momento pretendia invadir a França e Reuno Unido. Quando Hitler finalmente invadiu a Rússia, Stalin uniu-se aos Aliados (e o resto do mundo...) e conseguiu fazer recuar os invasores, ajudando a vencer a Segunda Guerra mundial. Consolidou um teritório tão grande quanto a antiga Rússia Imperial, paritiu o mundo em dois. Pegou uma parte para si, deixando a outra parte com os Estados Unidos e o mundo capitalista.

Estimam que, de 3 a 9 milhões de pessoas foram mortas durante a ditadura stalinista. Entre executados, mortos por fome e privações, deportados e prisioneiros civis. A repressão política, muito embora tenha continuado na Era Khrushchov-Brejnev, não atingiu jamais, durante o restante da história soviética, os níveis de violência do stalinismo.
No dia 5 de março de 1953 Stalin morre de hemorragia cerebral.

Gulag prisiores at work 1936 - 1937

Sugiro um artigo que relata entrevista concedida por Stalin ao biografista alemão Emil Ludwig em 1931. Link

Comentários

Anônimo disse…
aulas assim so na universidade
facinante hitória
Gustavo disse…
oi Luciano,

Obrigado.
Espero que não tenha sido um texto efadonho. A história de um crápula, mas que enfim nos salvou de uma Alemanha nazista que talvez fosse ainda pior...
E consolidou um teritório tão grande quanto a antiga Rússia Imperial.
Abraço grande,


Gustavo
Gustavo disse…
- Stalin -

essa figura sempre me intrigou...
Gustavo disse…
ratara ratara ratara
atara tatara rana
otara otara katara
otara retara kana
ortura ortura konara
kokona kokona koma
kurbura kurbura kurbura
kurbata kurbata keyna
pesti anti pestantum putara
pest anti pestantum putra

Antonin Artaud
Gustavo disse…
alguém aí fala javanês?
Gustavo disse…
austro-húngaro?...
Gustavo disse…
nobody?







Bardo?





...
Gustavo disse…
nobody?







Bardo?





...
Gustavo disse…
nobody?







Bardo?





...
Gustavo disse…
nobody?







Bardo?





...
Gustavo disse…
nobody?







Bardo?





...
estela disse…
jessas na, des is ka java ;)
estela disse…
ups - esqueci de dizer que nunca tinha visto uma foto täo linda do stalin :)
Humildevaidade disse…
1º excelente texto, tal como todos que estou agora a descobrir!

2º estela, de facto, Stalin era lindo, não o conhecia assim...

3º Não deixem de ler "Arquipélago de Gulag" de Alexander Soljenitsin.

Que belo blogue tens aqui... como é que descobriste o meu? Foi pelo oxímoro? Uso mais o termo "antítese" mas os dois se completam... :P

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