San Franscisco ist hier bei uns

foto de Pablo Pérez Mínguez

Todas as atenções voltadas para mim. Quando me perco dentro de mim mesmo. Então, sinto estranhamento quando me vejo diante do espelho. Quando coloco os olhos em mim mesmo e a “realidade” me puxa (ou empurra) de volta. Atravessei o espelho-mundo, me perdi e morri. Foi preciso morrer para nascer de novo. Quero cuidar mais do que ser cuidado. Mas basta, pára por aí


esse desequilíbrio na balança


implica já


numa série de mudanças.

Acho que nasci com mais vocação para ser pai (arquétipo) do que ser filho. Um teorema edipiano. Mas a vida, o destino, eu mesmo, as circunstancias, me arremessaram de volta ao lutar de filho. Perder-se em si é ver o mundo com o seu rosto, as pessoas na rua têm seu rosto, sua cara, seu ego. Só você que não vê. Traz para seu mundo pra se sentir seguro. Eu também quero ser outro alguém, do outro lado da ponte, encontrar meu próprio John Malcowich. Nunca se tratou no cinema de um tema tão óbvio e tão desesperante decorrente quanto ver-se a si mesmo em todo lugar. Encontrar?, encontrei. Um portal no espelho que conduziu meu olho ao fundo turbulento e sacro, sagrado e profano, conspurcado e louco, demente e prodigioso, habilidoso e desajeitado através da repetição. E a vida não tem dois lados que se possa escolher. Antinomia, oximoros, dualismos profiláticos. Um Buda da oitava dimensão.



Comentários

Anônimo disse…
gozo e lágrima é aglutinação perfeita.

difamar a si mesmo é o início doloroso da série de mudanças, ou da queda ao fundo do poço.
Mafê Probst disse…
De alguma forma, muito peculiar, teu texto ficou no sentido do meu. Talvez eu só tenha interpretado como bem quis. Talvez não, queira dizer mesmo.


- E não, nada de apagões por aqui. Apagão mesmo, só o da memória.
Mafê Probst disse…
Vualá!
Tua janelinha de comentários está toda em alemão. Ou qualquer língua parecida. Suíço, quem sabe?
Cáh disse…
Rs, eu pensei em tanta coisa pra dizer, tantas comparações ou explicações que dei a mim mesma após ler.
Quando cheguei e vi um "canta passarinho" só consegui dar aquela risada que fica sempre no coração.
Eu escuto isso sempre que eu tento dizer e não consigo, sempre que a vontade existe mas na cabeça tem tanta coisa que ensinou a calar e "canta passarinho" te um significado explêndido na minha vida, rs

Grata por poder estar aqui, pensar em tudo oq eu li, e comentar sobre duas palavras! rs


Beijos
Gustavo disse…
Dandara do Egito,

... queda ao fundo do poço é o K-ralio... mas gôzo e lágrimas são mesmo a consagração.

Gustavo
Rei dos Godos
Gustavo disse…
Maria Fernanda,

... meu texto adquire formas e sentidos inesperados, doce azedo amargo suave lento presto fogoso piano andante adagio, aos olhos, pictórico, inexpressivo, gritante, sangrando ou sonolento, impreciso... como a vida.
Abraços,


Gustavo
Gustavo disse…
Cáh,

Apenas diga. E você disse. Pena que há muitos passarinhos por aqui que não voam e nem cantam. São como o papagaio: mudos. Ele sim é o vrdadeiro autor desse blog. Ele escreve pra mim num papelzinho e eu transcrevo...
beijos,

Gustavo
co-autor do blog
Adriana Godoy disse…
Tem hora que acho que seu texto é uma clareira, depois, vejo que é mata fechada, entendo tudo, não entendo nada. beijo.
Gustavo disse…
"... vejo que é mata fechada, entendo tudo, não entendo nada"

Adriana,

voce é perfeita! forças da Natureza...
Mandy disse…
Perfeito: "Perder-se em si é ver o mundo com o seu rosto, as pessoas na rua têm seu rosto, sua cara, seu ego. Só você que não vê. Traz para seu mundo pra se sentir seguro"

Obrigada pelo seu comentário lá no blog, volte mais vezes!

BjO

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