Ruptura dispéptica




Observo, enxergo, sigo em frente. Hoje me envolvo mais, portanto sigo. Quero desconhecer quem eu conheço. Quero esquecer, anônimo, invisível. Quero começar mais uma vez. Equilibrar a linha do horizonte. Sentei pra descansar como se fosse príncipe, e flutuei no ar como se fosse um pássaro. Chorei e solucei como se fosse a vítima-alvo dessa armadilha inescapável. Nunca mais quis ver essa gente por perto, embriagada de conversas tolas e olhares de soslaio. Ela rabisca cores que pairam na brisa e flutuam no ar. Os rabiscos além do papel fogem desses ares viciados. Não interessa quem viveu quem morreu. Sem mentiras nem meias verdades. O presente que desejo merece uma Ode. Minhas veias estão saturadas dessa velha tristeza. Fábula de amor, te quero. Silvestre e pagão, ao sabor mágico dos ventos. Uma linda borboleta caleidoscópica pousou em minha janela atraída pelo sal da existência.

Comentários

Adriana Godoy disse…
Eta, Papagaio

borboleta caleidoscópica, muito bom, como todo o texto. Beijo

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