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Paixão da minha existência atribulada.
Hoje é quinta-feira da última semana do mês de abril e quero que tudo mais vá pra putaqueopario, mas só as vezes.  Hoje “puxei uns ferro” como se diz, lá na academia do Djalma, que fica na boca da Vila Estrela. Ele tá meio tá meio triste porque nuseiquem abriu outra academia na no morro, o triplo da dele. Lá no união, perto da segunda antena.  É... No morro tem uma estação de energia fincada bem no meio das casas. Ou seria o contrário? Em volta da estação é que se fez o aglomerado? Não sei. Sei é que ele perdeu um monte de cliente e, assim como eu, se sente abandonado.  Dá vontade mesmo de mandar todo mundo se fudé. Mas ele (assim como eu?) é um cara controlado, é sim. Baixim e forte da grossura duma árvore. Mas é foda se sentir trocado. Hoje eu vi zoando e dizendo que ia pedir emprego lá, mas na mesma hora disse o contrário. Que era velho demais pra ser manipulado. Bem, não sei o que eu fiz pra merecer ter sido desprezado. Eu bem podia estar batalhando meu pão com ela, eu bem queria estar casado, juntado... num sei. Sei é que, enquanto escuto Nick Cave, já não me sinto uma bad seed, mas que, nesse mundo, enquanto existir otário, urubu não passa fome. 

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