Nietzsche-da-mente

Deus,

Aquele dia, sem dúvida, foi o mais estafante de toda minha vida. Tinha alimento suficiente para concluir a caminhada.
Fico no alto desse monte de onde se pode ver o Caraça, a igreja, etc. Pensei “não quero descer no sábado e encontrar todos aqueles turistas cheios de animação” foi isso eu pensei.
Podia ouvir que faziam a quilômetros de distância, se destacando dos demais ruídos.
O mais interessante era ouvir o som da macacada na mata que de estende na baixada.
faziam algazarra de macaco. Inebriante ouvi-los gritando em uníssono.
Parecia um bando de doidos alucinados. Faziam festa, eu acho, tentavam entrar abafar o funk-pagode que emanava dos carros.
parece que meus ancestrais primatas me animaram, como quem diz “essa terra é nossa!” e ninguém tasca... e eu pensava “eles tem razão” mas cuidado com a mineradora.
As explosões programadas que ouvia do alto, a minha direita, já me enchiam o saco.
Imagine dos bichos, seres tão discretos, e bem menos “falantes” do que nós.

Resolvo fazer a travessia.

Mas antes eu gostaria e falar sobre algo que ouvi recentemente.
dize-me um pássaro verde que ando a fazer nesses escritos uma narrativa corriqueira, ao estilo de Gustave Flaubert, meu xará.
Dizem os críticos que já é retrógrado e batido. Apenas uma receita de bolo, apenas um glossário dos fatos. Não seriam os próprios críticos indicativos de classe ou qualidade? A qual categoria pertencem?
Sendo eu apenas um laico narrador em vista disso, peco-lhe o favor dizer-me (O que podes fazer de várias formas. Arrancando o passado da memória, ou cortando cada um dos meus dedos) se estiver muito entediado.
afinal, não pode haver cerimônia entre amigos...


Assim Falou Zaratustra

Tu, que és um homem, viste um 
Deus como um cordeiro... Separar o Deus do homem como o cordeiro do homem, e rir-se ao separá-lo; esta é que é a tua felicidade! A felicidade de uma pantera e de uma águia, a felicidade de um poeta e um louco!

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