Um dia sonhei com uma ex naugra-ganga-franga-naufra naufrago-naufraga minha. Dos meus sonhos tão disparatados. Dos meus versos todos macambrosos. Brôsos, ou brósos? Tanto foda-s, quan-to faz. Um dia, continue lendo, sonhei com a petit. Petit Poá. Tristessa não vai gostar de ler isso. Mas andei sofrendo tanto por tristressa, mardou. Meu sonho foi assim, eu estava num lugar estranho. Sempre os sonhos são em lugares estranhos? Parecia a beira do caminho que levava a casa de la petit. Ela estava fumando pedrinhas brilhantes em um lugar onde uns mano reservavam umas garagens para fazer umas surubinhas programadas, tudo bem arranjado. Trouxeram um sacolé dessas pedrinhas brilhantes bem pequenininhas pra elas, ela e a irmã. Ela lamentava da vida, da dependência dessas pedriscuchas brilhosas que pareciam diamantes de boneca. Um saco cheio deles. Por cem cruzeiros. Muito caro. Na  minha quebrada, pensei, consigo mais barato, mas não sei é o barato é o mesmo daquele troco estranho. Havia um banheiro químico bem transado e ela queria me fuder de todo jeito. Acabou que eu acabei indo. Acabando com o pinto bem durinho no escuro daquele lugar estranho. Ei, que coisa. Não me lembro tanto, mas havia uma outra mulher no lugar. Uma negona bem, uhmm, como diria, uma afro, isso! era uma afro- e eu pus minha pistola naquela múler que me dava mais tesão que a pequena Carmem. [ la Carmem tiene un cutillo, lá Carmem tiene un cutillo traiçoeira eu te mato, mas nem é bom lembrar de passado.] sei que afro-grandeza gozou de pronto e as duas trocavam comentários sobre mim. Eu me gabava por dentro por aquele papo. Sei que depois, como sempre, aquela coisa de “tenho que ir” blablá...
fumou as pedrinhas de cristal num cachimbo de prata. Mas os mano eram os mesmo da quebrada e gostavam da música que tocava no rádio mesmo.  Era a beira de uma via expressa e eu fiquei com afro-black-beautty que me convidou pra jantar com uns caras bem estranhos...
lá fui. Era um hotel bacana or aqueles cantos. Queria pagar. Fui até o caixa. Você é o Don Gustavo?”disse o carcamano carancudo de de dentro do caixa. “Vou anotar pro senhor” e escreveu num papelzinho. “Sou, mas não sou o Don Gustavo. Sou o Gustavo.” falei. “Sim, respondeu, então sua conta dá cento e vinte cinco mais 10% tem certeza que não é o Don Gustavo?” Não tenho certeza, deixa-me ver. Cheguei hoje. Não, sim, eu sou o Don Gustavo...
eu bebi um whisky caro e participei da janta, que merda! Se me descobrem! E quando esse Don chegar?



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