aprendendo a aprender



por Pedro Lima


Aprendendo a aprender, num 2013 em síntese, em fragmentos, 

muitos, mais, ou menos integrados, integrando-se que foram as partes dispersas, dia-a-dia-a-dia-adia
pra fazer sentido, multiplicando-o em tantos quantos forem os primeiros,
os segundos no caminho de cada um até aqui. até esta inflexão cronológica, cardinal, conceitual - no plural atualizado da consciência instantânea.pra decidir. os caminhos.
ao acaso encontrei no meu um papagaio mudo,
mudo, mutante, trans codificado, inter pré-te
não é de falar mas de escrever... escreve, escreve e vê, adiante,
não para de escrever, eis que entrei e cri para ver:
era o mesmo velho e esperto Sísifo, aquele enviesado pelas mãos e noções argelinas de Camus, instigando certa des pressão mas uma potencial re volta ao ocaso que convida;
estava então na blogosfera, neste bioma em que nos encontramos deveras,


cujo autor, de vera, eu vi mais tarde, na sequencia e dele,antes, imaginei alguém sagaz, com audácia suficiente para dialogar com os mitos e, quem sabe, travar com o próprio uma conversa; um tipo assim, capaz de encarar aquele mesmo Sísifo, torturado pela mitologia e desconfigurado pelos existencialistas, no momento exato em que a rocha rolava ladeira abaixo, pela enésima vez, para, dae, com o dedo em riste, vociferar uma proposta mais alfa e menos gray: “te sujeitas às profundezas: deixa de rock n roll e vem comigo até as raízes”... e, levando o malandro incauto pelo cansaço e pela solidão, as estórias de cada um se recompõe aos abraços e nos braços do blues e do blues pro jazz e do jazz pro infinito, de nem querer prever se vamos, e vamos, mais além...

ainda depois, intro duz idos muitos sons, aplicados tantos textos, aliviadas as dores mais pungentes, com emplastros de poesia avulsa e prosa complexa, vão se desenhando contextos, des estrurados hipertextos e, atemporais enfim, em fins, em nós, in surgindo pretextos pra perma ne ser;
e, para quem souber, tal e qual, servir se e regozijar se:

palavras entornando paisagens, distorcendo frases no trançado do rap, lembrando nos do improviso eterno: barquinhos à deriva na enxurrada, no caos permanente, no tempo virtual que nos resta, no território universal que nos caiba, do córrego pro rio do rio pro mar...

re criando re visitando todos os xamãs, de Macunaíma a Nietzsche, Blake e as dupl@s Rimbaud e Verlaine, Ginsberg e Kerouac, Wilde e Alfred, Artaud… até Nise chegamos, com jung Gustav,

na oportunidade de dialogar com seu idealizador – que com prova que eh possível [mas não só] filosofar em alemão e salgar esse território aportuguesado e desde antes corrompido:

com afeto e sensibilidade ex postos, desejos dis postos, entre laçado com ideias des nudadas
des pudor adamente

em inebriantes baforadas, em nuvens, em dragas, pragas semeadoras, circuitos viciantes,

desviantes do caminho, transbordante em outros e tantos de se deixar levar, em busca da fonte dos sentidos, encontrando entradas e saídas desses labirintos cotidianos que açodam as gentes, seguindo a trilha e os ritos de amor inventado.

e tanto amor, aos pedaços, evadiu/invadiram ao longo do segundo semestre, de 2013, que o equilíbrio se mostrou frágil, e por pouco não nos salga também o discurso, junto aos peixes do Antonio e do Vieira, igualmente silenciosos, mas incorruptíveis, pelo conhecimento que se nos permite o amor, ainda que pela falta.

juntando fragmentos e signos, colecionando histórias, entre vistas, re fazendo trilhas de se orientar, caminhos assim dispostos para per correr mais e melhores dias que virão, em pleno verão, de flagrar

as passadas constituintes em silencio festivo e celebrar encontros futuros,

novos capítulos, ciclos, espirais que se nos sucedem, desde aqui.

uma resenha alucinada e vidrada como somente poderia ocorrer a quem se dispor aprender a aprender, na relação mediada pela palavra muda, agora solta, escrita, escrevida, livre pra quem se dispor ver. ser. viceja. em 2014 e por diante.



Comentários

Niet simile disse…
papagaio...: se no hiper texto não existente tempo podemos re escreve lo num próximo encontro? saudações desde a resenha de um des encontro a temporal...!

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