Quando o viajor

Canção.
Quando o viajor canta por um devaneio.
Os ditames do Feng Shui afirmam que as energias – esse domínio que ainda não alcançamos, senão por via de sentidos sentimentos – concentram-se em cantos, arestas onde ausência, coisa alguma. Onde encravados nadas fincados se impregnam. E o viajor cansado e sol em si se apruma. Graça
de vento e água onde nada fica. tudo passa.
D
oce dor da alegria. Dor da triste felicidade. Raízes foram devoradas... A árvore caiu. Contudo a nuvem passa, além disso. Impassível, indiferente, ao que se vê ou viu, ouviu... Mudo assim também segue cego ao que se percebeu. Ao querer bem querer aquém de quem além daquele instante. Ao sul agreste enfrenta a frente. Ao leste se léu. Ao norte, estrela do oriente. Oeste, poente que desliza basilar de tantos eus. E segue os matizes. Feliz ou descontente, nada importa. Faz sol...
Queria não se conter por tantas vírgulas, mas a vida o força – essa gramática de excrescência animal. E assim seguimos o pretérito do futuro subjuntivo.
O eu poderia o sujeito à materialidade. Sujeito ao materialismo fundamental de Karl Marx e acumulando impressões com passos de gigante. 
Fui a Trancoso ver o mar. O mar dos trancosados. trancoeiros, sei lá... trancosófilos, trancabandistas. Só vi mar e areia. Nada de
ou com
se porque

será também já não importa.
já nada mais importa.

Uma porta se abriu.
Um portal...


Cris,
Sinto sua falta. Nossas conversas, tantas... Uma sacerdotisa brasileira e um James Joyce tropical.  Epifania periférica e diminuta diluída em miudezas, grandetudes...   
Sim, dolce bimba cara. O caminho somos nós.

Ainda que as lágrimas e chuva se confundam atravessei o portal...


 “A eternidade está apaixonada pelas produções do tempo”

William Blake

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