1° de maio de 2015



(continuação da carta para Cláudio)

Sim, Cláudio, estar sem si mesmo é o pior tipo de solidão, o deserto mais ermo. Deus é o que está acontecendo. Por isso, às vezes olho para o céu para ver como o próprio universo se manifesta.
Perco-me olhando fixamente o entardecer e, durante a noite durante esse estado de meditação perdido na imensidão. Ando por esse labirinto que é só meu. Busco alguma saída. Alguma porta. Algum portal numa constelação mais distante... Naquela estrela que quase não alcanço ver o brilho.
Descubro que a porta sou eu.

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