fronteiras entrelaçadas de ouro


Em uma esquina remota através das trevas da incerteza
meu quarto sombrio
assistindo-me de tantos dias
a esfinge silenciosa e nua

Não se move, não surge
Imóvel, intocável e muda...
assiste às mudanças da lua
e aos lençóis da porta giratória

Substituindo o interior vermelho cinza
os raios de lua vão embora,
mas ela estará aqui à noite
e pela manhã levar-me em vão

O amanhecer e amanhecer darão lugar
feitos sobre a noite,
esse de gato procura o olhar
as fronteiras entrelaçadas de ouro




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