guardanapo de buteco







Se alguém te destrói, se reconstrua. Mesmo que sem ânimo, mesmo que juntando os próprios casos, mesmo que ajoelhado, mesmo sem ter fé, mesmo que seja na toca do texugo. Mente quem disser que não permite que ninguém o destrua. A gente mesmo se destrói. Se alguém te rejeita, escarra nessa boca que te beija. Se tudo terminou quando você começava, deixa pra lá. E esse “deixa pra lá” é difícil. Ter a ver com apego. Inclusive de tornar o outro uma “religião”. Tenho uma amiga que foi casada com um baixista que descobriu que foi casada com uma religião, um “mundo”, um universo, uma ambientação, uma ambiance, um metiê, um aplomb fakeposer, como dizem os franceses. Eu fui enamorado de uma ilusão. Em Minas nascem cem artistas e morrem cento e um. Aqui todo mundo é artista. Projetei vínculos e “deu errado”. Ainda vou cair várias vezes, disse o meu pai, sempre animador. Parece até que nunca vivi o lado ruim da vida. Que nunca sofri de alguma forma. De onde eu tiro essas palavras. O ser humano sofre, eu sei. Minha dor é infinitamente pequena.






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