se não acredirasse em meus pés...




Ars longa, vita brevis



Estive perdido no espaço e todas as palavras foram paliativos da palavra dor que não entendíamos, ou não estranhamos o sentimento, ou simplesmente nos amávamos. Não era preciso exaltar o fascínio ou deflagrar nossos defeitos fatais. O âmbito incorrigível da natureza humana causava certo pânico. Os dois então causaram certo incômodo. Compaixão por aqueles que buscamos a falsa alegria do signo, conhecida por vários nomes. Sexo, desejo, alivio, orgasmo. Dormir ao sentir o calor do seu corpo. Códigos, ritos e ritmos do compasso de um domínio inalcançável. Fogem de um mecanismo cognoscível presos em um mecanismo fechado. Permita que despeje meu desejo em seus olhos gráficos. As letras sempre foram refúgio de um desfecho trágico. Bandido, banido, isomorfismo causal matemático de um sistema lógico que não compreendo. Sexismo marcado pela naturalização da mulher versus uma racionalização do homem. Condicionado a noção de sensação de um desejo em agenciamento. Inebriado pelos sentidos em que percebo suave, delicada e melodiosa canção da madrugada.  Dessa relação com os dignos, quantos cigarros fumei. Saio limpo, triste e vazio. Desfaço-me do energético impacto do conceito palavra. Amor, onde estiveste que não te vi? Transfigurado em mil imagens. Foste a substância espectral Inteligível à sombra do palco? Volúvel, aéreo e vazio sobre as asas de um pássaro?
Um pássaro livre...

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