Seguimos falando sobre o mesmo tema

what the water gave me 1938

Frida Kahlo







Apenas não poderei revelar qual.
Esse é mais um texto secreto, sem grandes segredos dantes
sem novos secretos dentes
nesta hora

eu sou como eu sou
presente
desaferrolhado indecente
feito um pedaço de mim

eu sou como eu sou
vidente

Embora não possa prever o resultado da Copa. O dia raiou sem maiores problemas, contudo esse não era o grande dilema. Quem vos escreve é a editora do blog, Bruna. O Gustavo, pela segunda vez, não nos enviou seu texto, como vem acontecendo. Esse espaço é reservado ao editorial, que é sempre fechado na última hora para esclarecer o leitor dos deslocamentos semânticos e episódios que serão abordados durante a semana. Em geral, embora ele não seja apegado a gêneros, o Gustavo sempre escolhe o tema mais dadaísta que consegue. Sua abordagem, seu tom de prosa falsamente auto confessional e sua coragem de fazê-lo nos impressiona. Ele sempre condiciona os demais colaboradores do blog ao seu próprio cronograma. Tantas vezes randômico e em nível sublime de entendimento. Tanto tantas que as vezes nós mesmos nos esquecemos o que foi acertado, ajustado e fechado nas reuniões de pauta. Assuntos do interesse comum de todos que aqui colaboram e que sejam compatíveis com os episódios da semana. “Estou de cama” foi a mensagem que ele mandou da última vez que não enviou seu texto. E então cá estou eu em seu lugar, na última hora, escrevendo para cobrir o espaço que ficaria vazio. Até hoje não se encontrou uma definição precisa para o que chamamos de notícia. O editor chefe da New York Times disse certa ocasião que notícia é aquilo que interessa a todos. Sim, é de interesse comum e geral, mas não queremos saber qual a última vez que choveu no deserto do Saara, tampouco nem todos os americanos de Nova York esperam saber qual foi o resultado da última partida de futebol da Copa. Nove entre dez indivíduos franco canadenses habitantes da Guiana e suíços alemães que vivem na Itália preferem ver ouvir samba ou uma série da TV americana. Essas são algumas das informações que o Gustavo consegue obter em suas pesquisas e nos manda. Ele nunca cita as fontes e sempre atrasa. Já recomendamos que deixasse algum tema em mente previamente, mas ele reclama dizendo que “eu sou um artista” (sic.) e outras vezes nos manda mensagens obscenas. Contudo, essa semana ele nos deu grande alívio ao escrever “estou na frente do computador, logo enviarei o texto”. Mas quando fomos checar lá estava registrado que a mensagem havia sido enviada de seu Ipod e logo em seguida ele postou no Facebook fotos do posto 9 em Copacabana e outras tiradas num bar em Ipanema. O texto chegou só no dia seguinte. Bem, tudo em volta está deserto, tudo certo, tudo certo como dois com dois são cinco. Quem quiser saber da vida pessoal do Gustavo não pergunte pelo Facebook. Ele raramente responderá a verdade. acompanhamos o resultado da Copa, capo, como nos convém, ou quando o senhor nos chama. Dessa vez soubemos por fontes escusas que ele, após pernoitar em um hotel da Tijuca, partiu acompanhado de uma argentina para a Grécia. Dizem que ele quis protestar contra a Copa. Soubemos também que a argentina se chama Francisca, é uma sex simbol, tem 97 anos e é boa de cama. Well well, assim termina o suposto editorial da semana.

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