Marlene Dietrich




Sonhei, noite passada, com notas de piano. Infinitudes eram tantas. Andava com pressa pelas covas das baixadas. A melancolia gosta de mim - a sonoridade do desencanto. O lirismo infindável da ausência, do fim, na finitude dos seus braços arqueados. Furto-me da coisa desconexa, apesar do delírio. Caminho pelas pedras. Noite de flor perfumada, e os espinhos são menos dolorosos. Tento te seguir, encontrar seu rastro. Tento concatenar meu dia. Afligir-me com coisas tolas. Ouvir buzinas no trânsito. Ver pessoas. Ouvir, ver, falar. Essa interação é utopia... dia nublado. Quando eu... a vida. Preciso me fartar de mim mesmo. Esse orgasmo que não se sente a vibração mental. O quê sonhei, não sei. Toca o telefone.


__ Alô, quem fala?
__ Foi engano.

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