é assim que eu me sinto


Existencial... reticente...
Eu também já tive uma máquina de escrever. E também fiz o melhor que pude para não ser mais uma vítima do canto da sereia e sua lira rude. Até um dia descobrir um sociólogo americano descrever o perfil de jovens americanos que gostam de poetas americanos da geração beat e ouvem jazz no volume máximo. Depois de ler esse idiota passei a odiar o conceito de generalismo. “Em geral” pode-se tudo e isso é um absurdo. Cada um tem suas particularidades e modos. Eu também gosto dos beats e adoro o jazz americano. Se eu não me amo ainda assim posso amar meus pais, não posso? Ou senão “não estaria fazendo isso comigo mesmo”. Paraísos artificiais. Um homem decide se isolar numa casa na montanha, para pintar e fumar ópio. Ele não prejudicava ninguém, só a si mesmo. Eu já fiz isso. Já me isolei na torre de um castelo e fazia mal a mim mesmo. Um mal de fato, compreende? Mas sempre amei os meus pais. Acreditar nesse silogismo aristotélico é ridículo.
Hoje eu me amo. Amo meus pais. Nunca deixei de ama-los. Sempre é igual a nunca. Nada é igual a tudo. A humanidade sempre foi fascinantemente cruel e patética, na mesma linha.
Como votar nessa eleição presidencial?
Brasil, 2018. Preferiria não fazê-lo...

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