Conto de Fadas


Para sair um pouco dessa história de mim mesmo um tanto ensimesmada: um conto de fadas, mas, somente nos sonhos de Mildred.
Numa aldeia longínqua, fora de todas as rotas de comércio e de passagem onde hoje é o norte da Alemanha, viveu uma moça muito romântica e sonhadora, seus olhos porém, não mais normais do que seus pensamentos, sua força guerreira era de uma ancestralidade celta e gnóstica. Esses contos Pã, de fadas, elfos, duendes e gnomos, que eram contados apenas nas tabernas estavam proibidos pelas leis da Igreja, católica ou protestante. Nessa época, por volta de 1780, os caprichos se chocavam entre o alto clérigo e a nobreza mas isso não é importante agora. O importante é que essa moça se apaixonou uma vez. Tão somente uma única vez.
Nessa aldeia vivia também um rapaz que já era um homem, pois naquela época os homens viravam homens mais precocemente. E aquele rapaz trabalhava: plantava e colhia, cortava e carregava lenha para quase todos os aldeães e enquanto caminhava pelas colinas do campo, seu pensamento fluía para além do horizonte, até que seus olhos pudessem enxergar somente o vulto das montanhas.
Não eram muitos os jovens na aldeia e tampouco com a vitalidade que deles emanava, como perfume de jasmim em noite de verão misturado à relva selvagem dos bosques, isso fez com que os dois se aproximassem um do outro.
Continua...

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