Volto a escrever, depois de
passado quase um ano. Parei de escrever quando conheci uma garota ginsbergiana alla Kerouac chamada Tristessa. Meu mundo passou a existir,
da não vida a vida. Tristessa só me
trouxe alegria. A madrugada quando as estrelas de ouro caem sobre sua cabeça e,
tão maravilhado, você não sabia que você estava morto. Fez-me rever todas as
fotos de família, enaltecendo cada pose, cada cena, cada momento, com a
curiosidade de uma criança, de olhar imaculado, como uma tela branca, que
espera a mágica ver, sentir, perceber, pintar com a cor dos próprios olhos a
realidade que desabrocha a sua frente. Erige a própria mente, sobre o duro córtex,
pedaço a pedaço. Quando você está vindo por formas esvaziadas de luz Você vai
dizer adeus, em que tristeza indiferente, aos projetos rápidos da idade, ainda
com angústia educada de recordação, orgulho como uma relíquia de família..
Pois, irmão, sei que isso é arte, e você com uma tristeza fria, incauto, ferido,
mudo. Ter o seu próprio desaparecimento fenda de luz deixa passar, apaixonado
como o inverno, onde só alguns podem ver. Nem idiotas na rua. Como no último
gole de Sócrates.
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