Silenciar tudo

Pássaro




Tentar arrancar palavras. Ver a forma onde palavras não há para descrevê-las. Sentir o vento no rosto. A lembrança, A brisa do passado. Meu falo dentro do seu corpo. Como um corvo devorando um corpo morto. Cada dia, em busca do entendimento de enteder a busca da minha loucura - um recorte da pequena história da minha vida - não é a chave de uma questão semântica. Vivo pensando no que não pode ser medido. Tentando imaginar o indizível. A essência da dúvida, duvidoso. Aquilo que não aperece nas imagens. Nas entrelinhas. Atrás delas, dentro delas, nos contornos, nas sombras, nas pausas, nos fundos. Além das palavras, o silêncio. Além do silêncio.

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