O homem que carrego
Quinta-feira, 22 de julho de 2010
Silêncio e lágrimas. Homens descem a caixa fúnebre. Consigo ver por detrás dos óculos de sol, os olhos que me olham. Aos poucos, surge uma visão noturna. Sempre uma visão noturna que transforma as sombras em tons de verde. Um centípede vasculha vagarosamente a cavidade oca da minha cabeça descerebrada. Sai pelo buraco do meu olho direito. Ainda que eu fosse caolho teria uma visão ampla dos acontecimentos
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