Sua cabeça
Vivendo dias de letargia, inércia, paradeza, monotonia, lentidão, paciência. Que passam (na insistente luta contra um processo depressivo) tentando fazer melhor uso das palavras a mim mesmo e pago com suor-do-bem a malandanza. Impagável são os risos e sentir-se um trapo, largado e sem uso. Ali meus desejos choram a sua falta e ao mesmo tempo agradecem. Esconde-se nas sombras de minha casa mental e essas visões me confundem. Cafuné, caso eu inda caiba no círculo dos tempos verbais. Caso eu inda caiba quadrado no cubo obtuso. Na sintaxe, na desforra, na aurora da minha palavra. Os peixes voam a favor das horas.
É noite de dopar, dopar.
Fica valendo a regra
passam
passam
passam
passam
É noite de dopar, dopar.
Fica valendo a regra
passam
passam
passam
passam
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