Junto às estrelas, os ventos da noite são ventos de mudança. Algo recalcitrante nas minhas lunetas a contristar desarranjos de velhos matizes, velhas cores, cores velhas; que olham só para si, que só para si e o cenário que as absolve olham. Vergam os topos as árvores ao vento sonorizado, e codificam frases do mesmo Espaço, do mesmo esboço de Tempo. Fertilizam, refrigeram, polinizam. Perdido no deserto das ideias.
Eu também junto notas randômicas que se harmonizam. Colho impressões desse mesmo vento que se harmoniza. Do topo das montanhas, do alto dos prédios, o vento sonorizado sobre o céu sem luar. A lua emudeceu quando o dia se pôs, quando a noite adentrou bem de mansinho.
no capítulo 13, Paulo fala grandiosamente sobre o amor...
O poema sobre o amor - Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse Amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse Amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tivesse Amor, nada disso me aproveitaria. O Amor é paciente, é benigno; o Amor não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera e tudo suporta. O Amor nunca falha. Havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o Amor.
Anônimo disse…
Um mês mais, sem amealhar as circunstâncias, ainda resta para efetivar a mudança. De repente esse silêncio, esse abismo de silêncio. O vazio, a distância entre nós se alargou em profundo abismo. A tarde cai devidamente ao canto sonolento dos pássaros. Dobram os sinos. Quando eles param, volto a ouvir o tambor dos meninos na favela. Alegre batucada a pequenas mãos golpeada. Ritmo ao longe ao crepúsculo, assovios, roda de bicicleta, latidos. A esquadra dobra o repique, a bateria esquenta ao ritmo do tamborim. Muitas são as percepções desse hipertexto. Essa ambientação sonora configura-se nas tardes finais.
Anônimo disse…
O rei tem sede de silêncio. Procura em pensamentos os lugares mais inóspitos, onde não ousa sondar nossa curiosidade.
Anônimo disse…
" A virtude não consiste na indigência, muito menos na opulência, mas na siplicidade da vida." Do Caminho Óctuplo - BUDA
Anônimo disse…
Não sei o quê aconteceu comigo, mas... agora tenho que ir.
Escrever tornou-se um hábito do passado, mas ainda escrevo. Ainda desmantelado pelas cicatrizes do acaso. A transcendência... agastado com pequenos danos da imprevidência. A existência substancia, alimenta e engole a gleba térrea.
"Não sei o quê aconteceu comigo, mas... agora tenho que ir."
Por volta da meia-noite, avança a vontade de escrever, de deixar para trás aquilo que não mais existe. Resta essa vontade de autobiografar a paisagem emocional. Desvendar incerta geografia íntima. Descobrir o que esconde as entrelinhas. O que vejo na linha da realidade suspensa, encoberta, intima e tão nítida. Aqueles que compreendem a si mesmo, melhor se compreendem entre si...
Anônimo disse…
"Na solidão, aqueles que compreendem a si mesmo, melhor se compreendem entre si"
Anônimo disse…
Eu não sou a prova de tudo Eu não sou a prova de chumbo Eu não sou a pólvora do murro Eu não sou a prova do roubo Eu não sou a prova de fogo
Comentários
UMA BOA SEMANA
Caio
http://www.youtube.com/watch?v=tLiheGJ0U-A&feature=related
Junto às estrelas, os ventos da noite são ventos de mudança. Algo recalcitrante nas minhas lunetas a contristar desarranjos de velhos matizes, velhas cores, cores velhas; que olham só para si, que só para si e o cenário que as absolve olham. Vergam os topos as árvores ao vento sonorizado, e codificam frases do mesmo Espaço, do mesmo esboço de Tempo. Fertilizam, refrigeram, polinizam. Perdido no deserto das ideias.
Spiritual 2/2
no capítulo 13, Paulo fala grandiosamente sobre o amor...
O poema sobre o amor -
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse Amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse Amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tivesse Amor, nada disso me aproveitaria. O Amor é paciente, é benigno; o Amor não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera e tudo suporta. O Amor nunca falha. Havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o Amor.
muito menos na opulência, mas na
siplicidade da vida."
Do Caminho Óctuplo - BUDA
G.
"Não sei o quê aconteceu comigo, mas... agora tenho que ir."
Eu não sou a prova de chumbo
Eu não sou a pólvora do murro
Eu não sou a prova do roubo
Eu não sou a prova de fogo
Um beijo!
=)
também gostei do poema!
=)