Faz parte...
Estive doente. Estou doente. Das
coisas da vida. Você não sabe o que sofri. Não me interessa saber quem
sofreu mais que eu, isso não é competição. Se você não se interessa por
minha dor, passa com indiferença, quê fazer? foda-se. Dê-me forças para
aceitar e aceitar o que há em mim, esse monólogo interminável.
Psicótico, sociopata, suicida. Dessa maneira é fácil ser iconoclasta,
marginal, antissocial, anormal, desencaixado. Abro a janela que dá vista
para o céu. Observo o movimento das nuvens. As mãos raladas de beijar
no asfalto e a língua rasgada desse mesmo beijo. As pessoas normais
guardam seus problemas emocionais e suas neuroses em casa. No ostracismo
do quarto, coloco fragmentos no papel ao custo de más recordações, e
lágrimas. A ambientação, o percepto - a sensação de noção de percepção. A
dor na coluna de ficar muito tempo deitado, sozinho. Sonhando, homo-ludens.
Sinto falta de um Adeus, porque fiquei vazio de Adeus. Como se eu fosse
invisível, como se eu não existisse. Uma tempestade em meu universo. O
sol parece triste.
Sinto falta de mim mesmo
da metade que levou quando partiu
Como membro que se regenera
outro a ser o que era
O mundo é inerte. Abram as janelas, deixem o ar entrar. Deixaram que noite caísse lentamente, novamente. Não tente entender a minha dor. Viva sua ascensão na Francis Bacon Road. Cabedal de informações inúteis.
Sinto falta de mim mesmo
da metade que levou quando partiu
Como membro que se regenera
outro a ser o que era
O mundo é inerte. Abram as janelas, deixem o ar entrar. Deixaram que noite caísse lentamente, novamente. Não tente entender a minha dor. Viva sua ascensão na Francis Bacon Road. Cabedal de informações inúteis.
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