O Boto
Quarta-feira, 14 de maio de 2008
O Boto
Você não sabe o que significa o quinquagésimo passo em falso e... caio de pé como um gato. A peça primordial da trama tem os olhos arregalados, porém enxerga apenas o que está em segundo plano. A Verdade fica em primeiro. O justo se torna inútil e supérfluo. Um olhar de lado não encara os fatos, quando eu sou eu mesmo. Quando penso, quando rezo. Quando não faço mais nada a não ser estar comigo mesmo. Quando a teoria dos papéis faz vestir a capa de cidadão honesto, puro, eu piso fundo, aumento o passo, muro de rumo, acelero. Essa prosa me desgasta. Passo pelo vale durante essa jornada. Vento de orvalho soprando em mim. Vida, não pare se houver essa possibilidade. Longa é a trilha pela frente, mas lá no alto há uma nascente... Não desanime quando alguém quebrar seus sonhos em vários pedaços. Existem cabeças estreitas demais. Volte escrever, por favor, ainda que com palavras mudas, mas não me deixe aqui. Verte somente as lágrimas necessárias e segue adiante. Digo a mim mesmo, confiante, sobrevoando as palavras que deviam ser ditas. Mesmo que trocem dessa joça. O que era vespertino passou a ser matutino e se recapitulou. Não há frio na ponta dos dedos, não há dor. Boneco de pano no armário. Ostracismo. Rompendo de forma incerta uma estrutura mal concebida e voando. A vítima é algoz de si mesma e o mesmo desejo, deseja, cheia de libido. Ambos, amplos e profundos suspiros aliviam o peito. O tempo adiante nunca como antes. Por seus ideais. Saudades.
O Boto
Você não sabe o que significa o quinquagésimo passo em falso e... caio de pé como um gato. A peça primordial da trama tem os olhos arregalados, porém enxerga apenas o que está em segundo plano. A Verdade fica em primeiro. O justo se torna inútil e supérfluo. Um olhar de lado não encara os fatos, quando eu sou eu mesmo. Quando penso, quando rezo. Quando não faço mais nada a não ser estar comigo mesmo. Quando a teoria dos papéis faz vestir a capa de cidadão honesto, puro, eu piso fundo, aumento o passo, muro de rumo, acelero. Essa prosa me desgasta. Passo pelo vale durante essa jornada. Vento de orvalho soprando em mim. Vida, não pare se houver essa possibilidade. Longa é a trilha pela frente, mas lá no alto há uma nascente... Não desanime quando alguém quebrar seus sonhos em vários pedaços. Existem cabeças estreitas demais. Volte escrever, por favor, ainda que com palavras mudas, mas não me deixe aqui. Verte somente as lágrimas necessárias e segue adiante. Digo a mim mesmo, confiante, sobrevoando as palavras que deviam ser ditas. Mesmo que trocem dessa joça. O que era vespertino passou a ser matutino e se recapitulou. Não há frio na ponta dos dedos, não há dor. Boneco de pano no armário. Ostracismo. Rompendo de forma incerta uma estrutura mal concebida e voando. A vítima é algoz de si mesma e o mesmo desejo, deseja, cheia de libido. Ambos, amplos e profundos suspiros aliviam o peito. O tempo adiante nunca como antes. Por seus ideais. Saudades.
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