Meu último eu


Meu último eu 



Sim. Um dos múltiplos de moi. Talvez nem seja último, talvez nem seja eu mesmo. Impressões voláteis e perenes. Sabedorias vãs, obras do acaso, Deus. Cabeça de boi sonorizada que diz “Eu = Eu”, a roda dos esquemas. Fios retráteis em contato com a “realidade”, esse riacho pouco profundo. Eu, Deus, mundo. As três ilusões de transcendência. Meu corpo sem órgãos, meu momento. Meu devir animal, besta-fera. Com os nervos nas mãos, escolho a informação. E a coleção de peças usadas pelo Michael, sucesso na Rodésia e na Guiné-Equatorial.
Meu time perdeu.


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