Sentidos inversos
Escrevo por não ter nada a escrever. Calo e quando mudo, eu sumo. Criança calma e avulsa afaga minha alma na lembrança. Não tenho nada a dizer e meus pensamentos, ossificados. Parece que de repente o mundo perdeu a cor. Os dias, as tardes e silêncio que invade a madrugada. Eu sempre eu. Mi mama me propôs que eu fosse pra Espanha, passar um tempo na casa da Tia Isabel e da minha prima Lygia, a quem eu amo muito. Depois disse a ela que isso me despertou a vontade de ir e não voltar. Preciso tomar uma decisão que influencie minha vida de forma radical. Não consigo fazer nada “de leve”. Sempre sou muito ou nada. Oito ou oitocentos. Não é fácil ser assim. A vida me ensinou a ponderar, mas meu impulso me faz decolar. Minha histamina, minha capacidade de atravessar rios e montanhas sozinho e não me sentir só. Cá na cidade me sinto mal, apático, inútil. É o meu lado eremita, anti-social. Tem dias que sinto vontade de não falar com ninguém. E eles passam... passam...
Espanha me aguarde.
Espanha me aguarde.
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Comentários
Ser feliz em outras línguas...
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É tão bom falar. Faz tempo que estou adiando falar. Estou só brincando, brincando, mas não falando. Você me entende? Você fala, mas não diz nada. E parece que estou com vontade hoje. Parece. Vamos ver se sai alguma coisa. A imagem já tenho. São cartas, claro. Por isso, tenho que escrever uma carta.
Beijinhos.
Se você tivesse que escrever uma carta, como seria? Vamos tentar?
:)
Beijos <">
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abrazoz.
Você se apega muito a Manuel de Barros. Nem tudo que criamos é real...
Abraço,
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O Nascimento do prazer (trecho)
Clarice Lispector
O prazer nascendo dói tanto no peito que se prefere sentir a habituada dor ao insólito prazer. A alegria verdadeira não tem explicação possível, não tem a possibilidade de ser compreendida - e se parece com o início de uma perdição irrecuperável. Esse fundir-se total é insuportavelmente bom - como se a morte fosse o nosso bem maior e final, só que não é a morte, é a vida incomensurável que chega a se parecer com a grandeza da morte. Deve-se deixar-se inundar pela alegria aos poucos - pois é a vida nascendo. E quem não tiver força, que antes cubra cada nervo com uma película protetora, com uma película de morte para poder tolerar a vida. Essa película pode consistir em qualquer ato formal protetor, em qualquer silêncio ou em várias palavras sem sentido. Pois o prazer não é de se brincar com ele. Ele e nós.
http://portodoceu.terra.com.br/artesimbolismo/signos-08c.asp
baccio
Entrei no link que você me mandou.
Pelo que o Vince me dizia "petit mort" é o orgasmo. Visto de maneira bem mais simplista do que ali estava escrito. E acrescentando, "la belle mort" é quando alguém cai de bêbado.
Os franceses não se abstêm de tornar elegante a própria tragédia.
Como Sócrates sorrindo enquanto a cicuta fazia efeito.
Beijos,
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xuá...
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Existem coisas que quando fazemos não olhamos para trás.
Tudo ou Nada.
Para mim, será.
um grande vazio no peito, nada mais.
E enquanto nao acontece, se voce quisesse, correriamos de mãos dadas por aí. para aproveitar os ultimos supiros do fim previsto. Como o fim de uma grande viagem.
=0)Palhacinha.
Lembro também do meus planos espanhois.
Beijinhos, Gustavo.
Estou na área.
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Beijos.
essa gravura japonesa agitou minha mente...
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Deixe eu ler o link que a Creis deixou. abrazoz.
Dá uma olhada lá que é melhor...
Não some não.
Abraços,
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Beijos.
Boa noite.
Estou na área.
é da ceumar.
É q ando meio sem inspiração...
Beijos,
Não me esqueci d você!
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Ficamos à espera que a sua inspiração volte, sei muito bem o que isso é e por isso há que esperar e respeitar!
beijos e ...
... Até breve!
Beijos.
Danke shoen...
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