heterogênese social que existe mas é invisível
Marguerite Yourcenar
Ibsen, Henrik - A Casa de Bonecas
Albee, Edward
Esses são os temas que tento conectar porque sinto que há uma ligação entre eles sem nem mesmo que eu tente, e o fato de existir essa ligação sem que eu saiba me faz querer saber, estar cônscio dos fatos e ilações sobre o tema, que trata essencialmente da questão da mulher como individuo nas sociedades, a forma como ela desponta, e como as artes identificam a essa mudança.
Marguerite, que me parece a mais distante na trama que pretendo enlaçar, aprendeu latim aos sete anos de idade e grego aos onze, ensinadas por seu pai. Pode haver ligação maior numa relação de intercambio cultural? O contato com a mitologia greco-romana levando a uma inevitável análise desses deuses humanizados, bêbados, bárbaros, capazes das façanhas mais incríveis assim como aos atos mais absurdos e paradoxais (comparados aos ou orixás, africanos, por causa da semelhança de suas características antropocêntricas mais marcantes) tal qual o próprio ser humano. Ao mesmo tempo em que vivia em conflito com a tradição católica da velha Europa. O conflito marxista. Yourcenar foi a primeira eleita à Academia Francesa de Letras. O livro Memórias de Adriano, escrito em primeira pessoa, revela parcialmente o conflito de um “homem” (indivíduo) entre a crença no panteão dos deuses e a expansão do cristianismo em priscas datas. Vejam que a narrativa como recurso, (assim como em África a narrativa oral transmitida através das gerações) foi usada para contextualizar um romance épico e, mais do que isso, reescrever a agitação humana que perdura através dos séculos.
Virgínia Woolf, assim como Sylvia Plath, suicidou-se. Apesar de épocas distintas e respectivas razões, sempre percebo por detrás do ato desesperado da fuga cruel e covarde, uma espécie de opressão que não consigo definir se é totalmente externa ou totalmente íntima, portanto individual e singular.
Busco apenas conexão onde houver, que haja.
Comentários
bom finde!
beijo
Inverno?