É assim
Nada fica como está
Nada será como antes
Dia 11 de janeiro de 2014.
Hoje comemoramos o aniversário do meu pai. Os meus irmãos
vieram com a respectiva prole mais ou menos desfalcada. Todos os filhos estavam
presentes. I Love my older brother. Ele
traz esperança pra essa family. A Kaká,
depois dele, nada teme. Veio com Bruno Bruninho sereno escudeiro a traçar seu
caminho pela psicologia. Veio o Gabriel com a Natî. Em breve vai ter seu próprio
restaurante em
Jeriquaquara. Acho que eles estão indo pra lá. A irmã da Nat
tem uma pousada. O Adriano imperador veio com as gêmeas. Ele está lindo. Meio coroa,
meio grisalho. Porra, meu irmão é ducaralho. Cuidando de duas que choramingam
ao mesmo tempo. Isso deve ser uma provação. Ed Histol veio como bom moço. Só eu que sou mauzinho.
Ficou pra mim. Mas já fiz bom som que todo mundo dançou. Inaugurei o Bordel com
um pen-drive-zinho e, só porque coloquei Bela cigana da Flora e o João Nogueira,
fiquei como DJ residente até esgotar minha pesquisa musical que passou a não agradar
muito. Coloquei Caravan Palace – uma banda de ritmos eletrônicos mas com uma forte
influência do Dixieland jazz dos anos 20 num clima de big band. As big bands
duram e duraram tanto que eu me deparo com Elza cantando e uma big ao fundo. Hoje
o hipertexto é incontesti frugal em seu tecido. Pedimos pizza. Não sei se era
pra ter dito isso. Esse texto, na verdade, era pra ser um grito. Hoje é sábado,
amanhã domingo. Por um sentimento de desejo meio parco meio aflito, juntei um
monte de texto que durante sete anos eu venho escrevendo. Revisitei minha
memória. Meus assombros e minhas glórias. Minhas derrotas e meu grito. A
palavra aniquila a beleza do silêncio. Não sei definir um gênero. Talvez diários como gênero epistolar. Sempre
fui um junkie, anarcopunk, desvairado. Uma
jornada em três atos que se fiam e findam. O meu mundo comum, o chamado e
recusa dele. Encontros com os pícaros e a travessia pelo primeiro limiar. Segundo
ato. Testes, aliados e inimigos e a aproximação da caverna oculta. Provação.
Crise. Recompensa. Terceiro ato. O caminho de volta no pensamento de morte. O clímax
da ressurreição e o retorno com o elixir sagrado. Agora nem grito nem falo. Apenas
peço um brinde a Baco.
saúde!
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