22 de julho de 2014
Ars longa, vita brevis 
 Estive perdido no espaço e todas as palavras foram paliativos da 
palavra dor que não entendíamos, ou não estranhamos o sentimento, ou 
simplesmente nos amávamos. Não era preciso exaltar o fascínio ou 
deflagrar nossos defeitos fatais. O âmbito incorrigível da natureza 
humana causava certo pânico. Os dois então causaram certo incômodo. 
Compaixão por aqueles que buscamos a falsa
 alegria do signo, conhecida por vários nomes. Sexo, desejo, alivio, 
orgasmo. Dormir ao sentir o calor do seu corpo. Códigos, ritos e ritmos 
do compasso de um domínio inalcançável. Fogem de um mecanismo 
cognoscível presos em um mecanismo fechado. Permita que despeje meu 
desejo em seus olhos gráficos.
 As letras sempre foram refúgio de um
 desfecho trágico.  Bandido, banido, endomorfismo causal matemático de 
um sistema lógico que não compreendo. Sexismo marcado pela naturalização
 da mulher versus uma racionalização do homem. Condicionado a noção de 
sensação de um desejo em agenciamento. Inebriado pelos sentidos em que 
percebo suave, delicada e melodiosa canção da madrugada.
Dessa 
relação com os signos, quantos cigarros fumei. Saio limpo, triste. Vazio. Desfaço-me do energético impacto com o conceito da palavra. "Amor, onde você estava que eu não te vi?". Transfigurando mil imagens, foste a 
substância espectral Inteligível à sombra de um palco? Volúvel, aéreo e subjetiva sombra sobre as asas de um pássaro?
Um pássaro livre...

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