Mais do que nada

Eu não tentei mais antes. Não deu. Eu sempre fui à frente. Daí comecei a ficar pelo caminho. Ela é americana, cara. Ele disse. Daí é foda. Eu confundi com aquela da foto. A minha amiga que mora na França. Pelo jeito, a outra já está regulando o fuso com o horário de Portugal. Foda mesmo era quando estava na Austrália. Eu não entendi muito bem, entende? A gente não se fala mais. Ando numa correria danada. A vida anda meio atribulada. Estou com aquela morena que só me dá alegria. Você se lembra dela de outros carnavais? Agora estou realizando uma coisa que me dá uma enorme alegria. Só que é o seguinte, aquele eu há em mim, não me dá mais prazer como antes. Não, não é na forma da forma de gelo que se transforma. Mas na forma do gelo da forma. Daí nasce um cara curioso que não se encaixa em nada. Podia ser filósofo, mas também podia ser nada. Pior ainda não ter a mente aberta. A arte de se poder abandonar. Eu já vi muito disso pela droga. E não querer abrir a mente, e se sentar somente em posição de ioga.  Todo mundo assim, sem exceção. Que mexe comigo e dou atenção. Tenho curiosidade, mas acontece que, às vezes, essas pessoas faltam apenas para mim. E eu não escrevo aqui só para Dona Senhora, super bacana que foi professora e fala francês, e a roda de mulheres que publicaram livros de poesia, e me enchem o saco até eu perder a paciência e ter um ataque de cólera. É a chamada quarta onda. A quarta chama que corta a corda. Que significa adotar a cólica. Entendi que a menina era também um pouco sórdida. Então falei com ela, Flor, de voz um pouco tímida. Era uma flor de família, e eu fui pesquisar. E falou-me que foi a primeira vereadora mulher do Brasil. Então eu falei que sabe-se lá se todo mundo deve saber sobre esse momento. Vou lá e faço, mas você não tem a mente aberta. A gente tem que ser bom ouvinte, e eu vou puxando a linha da pessoa você mora na massa. E ela me conta mais. Tipo que eu vou inaugurar a imagem da pessoa, sabe? Como quando encontra alguém, e eu tô numa roda. Falo que não é nesse Fulano que estou pensando.