Merda de memória...




Quero escrever um milhão de coisas, sei que não vou conseguir nem a metade. Sou realista, mas ainda não sei qual realidade. No caso desse texto a realidade é essa. Minhas costas doem e estou apenas começando a descobrir um sentido na vida. Para lidar melhor com as adversidades. como a dor nas costas, que para mim significa medo da vida. Assim como um resfriado significa carência afetiva. De como vejo cravos no meu joelho, de como faz frio. De como sufoca essa dificuldade em se expressar. De como os excessos podem ser perigosos. De como procuro tão pequeninas coisas que me fazem doer a cabeça, os olhos, o corpo todo. Essas coisas que ficaram no passado e que por isso são inalcançáveis. A posição que estou sentado não me faz bem. Ando como um lobo. Hoje é lua cheia. Um andar de lobo, Wolfgang. De como me culpar, como não lembrar dessas miudezas da vida que são momentos tão efêmeros e... inesquecíveis? De como não me culpar por buscar essas coisas, e de como esquecê-las. Aquelas noites na varanda de um lugar onde nem moro mais, aqueles beijos...

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