Esse é um exercício de vinte páginas. Sobre os fatos, as pessoas, o mundo. Um fait divers sob a ótica dessa prosódia rara. Hoje é um dia, enfim, eu realmente não gosto de domingos, mas tenho tentado sublimar. Os ares de Araraquara e o Atlético Mineiro, o “galo” venceu o Palmeiras, o “porco”, por dois a zero. Agora chove. Hey Jude, Paul MacCartney faz show em São Paulo. O Morumbi também é cultura. Quantas vezes ele deve ter tocado essa música, Jude? Acho que ele “encheu o saco” e está tocando somente composições inéditas no show. O público está meio mudo. Se eu não dormir em vinte linhas, vou ver os “melhores momentos”. Se amanhã acordo cedo, chove. faço um cappuccino e umas torradas. Chove. O Brasil é um país tropical. A esperança pela terra. Meu pequenino trabalho de pesquisar, conversar com o povo desses lugares ladeados pela vastidão de montanhas. Agradeço a oportunidade. Saber que algumas pessoas estão conscientes e em busca de seus direitos. Em busca de lutar com suas roseiras, seus lírios e delírios sob a chuva firme torrencial do verão, prontos pra mais um inverno. Ameno. Ovelhas correm chacoalhando seus sininhos pelo campo. Todas as flores estão desabrochando. Todas as manhãs encantam. Seus olhos enxergam cores de nomes que ainda não criaram os matizes naturais, a sutileza. A palavra tenta nomear a cor assim como a cor tenta “retratar” a realidade. Gaugin, Van Gogh concluíram assim. O meu amor será bom, será sincero, será sério. Seus olhos de anjo serão assim de ver com olhos de anjo. Estou aqui mais uma vez. Perdi a forma de dedicar atributos a existência. E tudo se torna mais leve, mais light, mais zen. Anamastê.

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