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Você vai esquecer aquelas lembranças ruins. Tudo está certo e vai ficar tudo bem. É preciso passar pelo cadinho da dor para se valorizar as pequenas coisas. As águas baixaram, a tormenta passou como suave vendaval. Morrer é nascer uma vez mais. Desvencilhar-se do orgulho “de não querer ser príncipe senão do seu reino”. Desconstruir conceitos. Desfazer-se do desejo pretensioso. Do pretenso desejo de ser sem medida. Eu, que sempre fui ovelha, talvez irremediavelmente desgarrada, falando aqui agora como pastor. Minhas palavras. O quê que eu posso arrebanhar com minhas palavras? Aceitar as perdas como inevitáveis. Compreender o inevitável princípio da impermanência. Mais do que aceitar e compreender, renascer dentro de si. É necessário quebrar nossas próprias tradições. Ouvir a própria voz que vós fala. Você vai esquecer. São apenas paisagens flutuantes.
Comentários
Me identifiquei de maneira ímpar.
Pássaros cantam.
Um abraço.
Parabéns pelo texto!
Aonde? Sigo essa trilha.
Parabéns Pastoreiro,
Méeé, Méeeé!
Inté