A subida da montanha é lenta e silenciosa. Observo com calma minha natureza íntima. O sol acalenta suavemente. A brisa sopra em meu rosto. Estou atento a cada passo, mas a minha alma voa. Estou alheio ao tempo, mas controlo minha repiração. Já não sou mais a mesma pessoa que pisa na terra. Relva resplandece sobre os ares da primavera. De repente o vento sopra mais forte. Os últimos passos ao topo. Ouço o bater de asas da águia. Quando me aproximo e olho pra cima, vejo o grande pássaro que ali observava sublime, imponente. Ao ver aquele pássaro perder-se no horizonte torno minhas costas e somente àquela hora tive uma visão de onde estava. O quão alto aquele pássaro de visão aguçada podia ver qualquer minúcia. Uma vista completa da serra que contorna o vale, e o vale. Campos verdejantes que criam matizes incríveis. Sento-me para descansar e observar a geografia. O rio serpenteando, as quedas d’água criadas pelo relevo. Um momento de sonho. Silêncio.
Alivia a minha alma, faze com que eu sinta que a Tua mão está dada a minha, faze com que eu sinta que a morte não existe porque na verdade já estamos na eternidade, faze com que eu sinta que amar é não morrer, que a entrega de si mesmo não significa a morte e sim a vida, faze com que eu não Te indague demais, porque a resposta seria tão misteriosa quanto a pergunta, faze com que eu receba o mundo sem medo, pois para esse mundo incompreensível nós fomos criados e nós mesmos também incompreensíveis, então é que há uma conexão entre esse mistério do mundo e o nosso, mas essa conexão não é clara para nós enquanto quisermos entendê-la, abençoa-me para que eu viva com alegria o pão que como, o sono que durmo, faze com que eu tenha caridade e paciência comigo mesmo, Amém.
Gostou? Eu me sinto mais calmo ao olhar a expressão desse senhor. Fico feliz que tenha gostado. Legal que ainda se lembre dos textos da Gi. Era uma personagem que você gostava, não é? Beijos,
Estou aqui. Acompanhando os comentários e tal. Acho que é uma ótima proposta. Eu me proponho a ir até São Paulo, enfim. Só acho que ainda está muito vago esse "entre fevereiro e março". Gostaria que você me mandasse um email com informações mais detalhadas. Que a gente pudesse se falar via telefone (ou Skype) etc. etc. Conte comigo. Abraço,
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Alivia a minha alma,
faze com que eu sinta que a Tua mão está dada a minha,
faze com que eu sinta que a morte não existe
porque na verdade já estamos na eternidade,
faze com que eu sinta que amar é não morrer,
que a entrega de si mesmo não significa a morte e sim a vida,
faze com que eu não Te indague demais,
porque a resposta seria tão misteriosa quanto a pergunta,
faze com que eu receba o mundo sem medo,
pois para esse mundo incompreensível nós fomos criados e
nós mesmos também incompreensíveis,
então é que há uma conexão entre esse mistério do mundo e o nosso,
mas essa conexão não é clara para nós enquanto quisermos entendê-la,
abençoa-me para que eu viva com alegria o pão que como,
o sono que durmo,
faze com que eu tenha caridade e paciência comigo mesmo,
Amém.
(Clarisse Lispector - O livro dos prazeres)
lembra Noites Adentros e a meio índia Gi, do final de 2008.
Gostou? Eu me sinto mais calmo ao olhar a expressão desse senhor. Fico feliz que tenha gostado. Legal que ainda se lembre dos textos da Gi. Era uma personagem que você gostava, não é?
Beijos,
Gustavo
ps: obrigado pela visita!
Estou aqui. Acompanhando os comentários e tal. Acho que é uma ótima proposta. Eu me proponho a ir até São Paulo, enfim. Só acho que ainda está muito vago esse "entre fevereiro e março".
Gostaria que você me mandasse um email com informações mais detalhadas. Que a gente pudesse se falar via telefone (ou Skype) etc. etc.
Conte comigo.
Abraço,
Gustavo