Como eu me sinto hoje?


Diálogo de Ninfas e anjos no reino de Pátropos 
O Bárbaro de Aldebaran

Hoje dança vodu! Tcha-tcha-lá-café-bolacha. Hoje sem mim nesse escuro da semilua que brilha, sem eu em mim, não sou como você pensava. Sou vento cósmico que sopra fundo. Vento de reforma além do além mundo. Camus e uma porrada de absurdos... mas   só, solo sem mim, sopro meu sax alto. E reinvento o novo-ainda-contudo, apenas de vir a ser, vir a ser o noturno da nota. Amiga minha, Jô Antonia, lança no piano-de-letras também talvez, uma duas três, ou quiçá quatro... nove dez frases soltas –

Jóia do Egito

Entramos na atmosfera do abismo, fomos para o campo da linguagem, sonhamos sempre acordados, pela madrugada afora os aforismos de Gustavo. Este filósofo amigo percebe o mundo e analisa pela semiótica. Tentamos algumas vezes sermos imparciais, neutros, mas como diria o teórico francês Roland Barthes é necessário ter pulsão, na tessitura, criar com desejo e sedução, na linguagem tanto filosófica como na arte literária. O escritor Pablo Neruda em suas confissões analisa será uma questão de vida ou linguagem, este quem disse foi Ferreira Gullar. Assim noto em suas falas pela critica semiótica propriedade e discussão fundamentada na razão e percepção.
O Bárbaro de Aldebaran

Eu quero voar, quero ir mais fundo. Eu quero falar do meu amor. A natureza não dá saltos. Vejo Universo lá no alto. A luz do luar ilumina tudo, e as estrelas virão me consolar, na rima baby blue desse Deus do asfalto. Faz tanta falta star nesse palco. Respirar os mesmos  ventos do passado, voltar o tempo quem não vivi. Mas a natureza não dá saltos. Não dará de novo o que já foi dado. Não virá você roçar o meu rosto, com gosto de jabuticaba que eu tanto gosto. Não vejo, não falo. Eu quero voar. Um cavalo alado, um cachorro louco, só mais um minuto. A felicidade não espera muito. Se calado eu vou, onde andarão esses lábios mudos. Quando pousarão? As figuras flutuam Chagal e a rainha do céu. Desvendasse esse meu segredo, e estarei salvo pela eternidade.
Vôo cego, absorto.
Vôo cego surdo e solto.
Voltei, pois pensei que não voltaria mais. Delírios do meu deserto íntimo. Sei que nunca mais vou amar de novo. Eu beijei o Deus de sorriso afônico, em silabas tônicas do piano-flauta. Que falta essa longe perto dentro fora? Eis me aqui agora, leve sóbrio solto...
Fui escravo, mas por Ele eu faria tudo de novo.

                          






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