Daylight saving time is over
Brilhou no céu da minha testa uma esperança besta de não ser triste. A crença dogmática de q um dia será melhor do q os de ontens. Katze, sei nicht so traurig. Warum? respondo ansioso. Porque espero não ser por excesso e com malícia, mas as notas do blue ainda soam além de Body and Soul – além do corpo e da alma, além dos olhos de anjo, pois quando ponho fogo na água silenciosa e lenta, incendeio as palavras e queimo antigos testamentos em novas ardências de luzes coloridas em um pôr-do-sol do Sugar Loaf. Lembranças de um cartofilista frustrado. Queimo por dentro essas tórridas memórias que me delatam em negras nuvens de fumaça. As folhas de outono ainda não caíram, mas o sol já se vai abrandando enquanto a terra distancia. Daylight saving time is over. A luz do entardecer cai verticalmente sobre nós e os tons de verde q passeiam junto à brisa, escondidos no vazio entre os prédios, me acalmam o olhar.
Depois de ser irremediavelmente rejeitado por uma deusa afro-brasileira- uma criação coletiva dos orixás, quase um orixá, um ser com quem ele conversa sozinho sentado na pedra ao pé da santa- Katze caminhou durante dias sem parar, desviando-se de abismos, descendo corredeiras lacrimosas em um fluxo indecifrável e infinito (durante o caminho chegou a ver A Mãe dos Monstros e a enxergar seu Medo.) caminhou até o cume de sua estranha geografia mental. Lá chegando dirigiu-se a um pequeno abrigo onde permaneceu durante muito tempo em estado meditativo. Tempo suficiente para curar-se de um resfriado. Pedia ao céus Por favor aponte-me O Caminho! podia ver Orion e o Cruzeiro do Sul q sinalizavam os pontos cardeais e assim, foi orientado de volta ao seu monastério. Pensava em lugares... na sala de cirurgia, em magia branca, fazer o caminho de volta em sonho que se ergue além do mar além do Além Mar do além.
Via São Jorge na lua, mas tinha medo de enredar-se em um conto dos irmãos Grinn, por isso nunca mais se ouviu falar em conto de fadas.
Depois de ser irremediavelmente rejeitado por uma deusa afro-brasileira- uma criação coletiva dos orixás, quase um orixá, um ser com quem ele conversa sozinho sentado na pedra ao pé da santa- Katze caminhou durante dias sem parar, desviando-se de abismos, descendo corredeiras lacrimosas em um fluxo indecifrável e infinito (durante o caminho chegou a ver A Mãe dos Monstros e a enxergar seu Medo.) caminhou até o cume de sua estranha geografia mental. Lá chegando dirigiu-se a um pequeno abrigo onde permaneceu durante muito tempo em estado meditativo. Tempo suficiente para curar-se de um resfriado. Pedia ao céus Por favor aponte-me O Caminho! podia ver Orion e o Cruzeiro do Sul q sinalizavam os pontos cardeais e assim, foi orientado de volta ao seu monastério. Pensava em lugares... na sala de cirurgia, em magia branca, fazer o caminho de volta em sonho que se ergue além do mar além do Além Mar do além.
Via São Jorge na lua, mas tinha medo de enredar-se em um conto dos irmãos Grinn, por isso nunca mais se ouviu falar em conto de fadas.
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Comentários
ficou, simplesmente, magnífico!
te admiro muito por conseguir transformar simples palavras em beleza pura...
bjo