homenagem à Sylvia Plath
Sylvia Plath nasceu em 27 de outubro de 1932 e matou-se em 11 de fevereiro de 1963, quanto tinha apenas 30 anos. Até então sua única obra poética era The Colossus, publicado em 1960. Mas são os poemas escritos após a publicação de seu primeiro livro que a transformaram em um mito da poesia contemporânea. Seus últimos dez meses de vida foram marcados por uma intensa atividade poética que gerou seus melhores poemas, uma obra que a alçou ao patamar dos grandes poetas do século.
Plath é costumeiramente classificada como poeta confessional. Neste sentido, sua vida é retratada fielmente em sua poesia, de alto grau emocional. Plath sempre foi marcada por uma forte instabilidade, fruto do trauma causado pela morte de seu pai quando ainda era uma criança de oito anos. A morte de seu pai foi a gênese da imagem do colosso masculino, do deus másculo e onipotente que ela ao mesmo tempo adorava e repudiava.
Sua vida foi marcada pela sombra de homens que considerava poderosos e opressores, figuras que ao mesmo tempo a inspiravam e a diminuíam. Ao lado de seu pai, Plath posicionou em seu pódio seu marido Ted Hughes, também poeta, homem que ela admirava profundamente. Plath divinizava estas duas figuras masculinas e as inseriu em sua poesia na forma do mito do deus ausente ou morto, cuja ausência ou morte ora é lamentada e ora é celebrada.
Seu casamento com Ted Hughes lhe proporcionou a parceria ideal e Hughes substituiu em certa medida a figura paterna que a assombrava. Ambos dividiam os mesmos interesses e as mesmas leituras. Hughes era para ela o grande mentor que a educava e contribuía para seu aprimoramento. Os dois chegaram a abandonar suas profissões para viver apenas a poesia, mudando-se dos Estados Unidos para Londres, Inglaterra, em 1959. Este período marcou o início de sua fase madura, demonstrando claramente como sua vida íntima se refletia em sua poesia.
No entanto, o ápice de sua produção poética só seria atingido após um período conturbado e traumático. O divórcio consuma-se em outubro deste mesmo ano, um momento de intensa criatividade. Deste período são os poemas mais fortes e mórbidos de Plath. A morte está mais presente do que nunca. Seu imaginário é preenchido por sangue, desmembramento, ossos e órgãos internos que criam imagens muito fortes em sua poesia.
Plath muda-se em dezembro com seus dois filhos para um apartamento em Londres durante um dos mais frios invernos do século. Em janeiro, cerca de um mês antes de seu suicídio, é publicado The Bell Jar, um romance autobiográfico que explora seu passado e seus traumas. No entanto, a classificacão de Plath na categoria de poetas confessionais representa também o perigo de subestimar outras facetas de sua poesia que são tão importantes quanto o caráter biográfico da mesma. Em um estudo brilhante datado de 1975, Judith Kroll faz uma excelente análise da face mítica da poesia de Plath. Segundo Kroll, o mito do grande deus morto lamentado pela deusa amante ou mãe é o ponto crucial na obra de Plath. Seu pai e seu marido representavam este deus poderoso. A admiração que Plath tinha por ambos se mesclava com um sentimento de ódio, pois apenas a destruição de ambos lhe daria a autonomia para crescer. Somente livre da sombra destes homens ela podia desenvolver seu potencial criativo.
De igual importância na poesia de Plath é o mito da lua, adorada como deusa em muitas culturas primitivas. A lua é o símbolo da inspiração poética, significando para Plath seu destino enquanto criadora, sua musa e sua guia. A lua está presente de forma explícita em muitos poemas e sua influência enquanto mito pode ser sentida mesmo nos poemas em que não é mencionada de forma explícita. Em "Edge", que é muito provavelmente o último poema escrito por Plath, a lua assiste a tudo impassível, como uma presença implacável.
O branco, cor mais significativa em sua poesia, é sempre o símbolo da morte, ou renovação iminente. Sentimos sua presença no "branco zinco", nas "nuvens", na palidez cadavérica, na "serpente branca", no "leite", no "açúcar", no "capuz ósseo" da própria lua.
A idéia da morte na poesia de Plath não representa apenas o fim, a eliminação definitiva e completa de sua identidade. A morte mítica muitas vezes marca o início de um novo ciclo. Em muitos mitos absorvidos pela poesia de Plath a morte do deus é seguida por seu renascimento. É este o sentido da morte em sua poesia. Seu desejo de morte é nada menos que o desejo de transcendência, de renovação. Para Plath a morte é o fim de um estágio e o início de um período superior de vivência. Este viés interpretativo dá uma nova dimensão à poesia de Sylvia Plath, uma obra magnífica que se sustenta entre as maiores do século, a despeito dos fatos trágicos que marcaram sua vida.
Plath é costumeiramente classificada como poeta confessional. Neste sentido, sua vida é retratada fielmente em sua poesia, de alto grau emocional. Plath sempre foi marcada por uma forte instabilidade, fruto do trauma causado pela morte de seu pai quando ainda era uma criança de oito anos. A morte de seu pai foi a gênese da imagem do colosso masculino, do deus másculo e onipotente que ela ao mesmo tempo adorava e repudiava.
Sua vida foi marcada pela sombra de homens que considerava poderosos e opressores, figuras que ao mesmo tempo a inspiravam e a diminuíam. Ao lado de seu pai, Plath posicionou em seu pódio seu marido Ted Hughes, também poeta, homem que ela admirava profundamente. Plath divinizava estas duas figuras masculinas e as inseriu em sua poesia na forma do mito do deus ausente ou morto, cuja ausência ou morte ora é lamentada e ora é celebrada.
Seu casamento com Ted Hughes lhe proporcionou a parceria ideal e Hughes substituiu em certa medida a figura paterna que a assombrava. Ambos dividiam os mesmos interesses e as mesmas leituras. Hughes era para ela o grande mentor que a educava e contribuía para seu aprimoramento. Os dois chegaram a abandonar suas profissões para viver apenas a poesia, mudando-se dos Estados Unidos para Londres, Inglaterra, em 1959. Este período marcou o início de sua fase madura, demonstrando claramente como sua vida íntima se refletia em sua poesia.
No entanto, o ápice de sua produção poética só seria atingido após um período conturbado e traumático. O divórcio consuma-se em outubro deste mesmo ano, um momento de intensa criatividade. Deste período são os poemas mais fortes e mórbidos de Plath. A morte está mais presente do que nunca. Seu imaginário é preenchido por sangue, desmembramento, ossos e órgãos internos que criam imagens muito fortes em sua poesia.
Plath muda-se em dezembro com seus dois filhos para um apartamento em Londres durante um dos mais frios invernos do século. Em janeiro, cerca de um mês antes de seu suicídio, é publicado The Bell Jar, um romance autobiográfico que explora seu passado e seus traumas. No entanto, a classificacão de Plath na categoria de poetas confessionais representa também o perigo de subestimar outras facetas de sua poesia que são tão importantes quanto o caráter biográfico da mesma. Em um estudo brilhante datado de 1975, Judith Kroll faz uma excelente análise da face mítica da poesia de Plath. Segundo Kroll, o mito do grande deus morto lamentado pela deusa amante ou mãe é o ponto crucial na obra de Plath. Seu pai e seu marido representavam este deus poderoso. A admiração que Plath tinha por ambos se mesclava com um sentimento de ódio, pois apenas a destruição de ambos lhe daria a autonomia para crescer. Somente livre da sombra destes homens ela podia desenvolver seu potencial criativo.
De igual importância na poesia de Plath é o mito da lua, adorada como deusa em muitas culturas primitivas. A lua é o símbolo da inspiração poética, significando para Plath seu destino enquanto criadora, sua musa e sua guia. A lua está presente de forma explícita em muitos poemas e sua influência enquanto mito pode ser sentida mesmo nos poemas em que não é mencionada de forma explícita. Em "Edge", que é muito provavelmente o último poema escrito por Plath, a lua assiste a tudo impassível, como uma presença implacável.
O branco, cor mais significativa em sua poesia, é sempre o símbolo da morte, ou renovação iminente. Sentimos sua presença no "branco zinco", nas "nuvens", na palidez cadavérica, na "serpente branca", no "leite", no "açúcar", no "capuz ósseo" da própria lua.
A idéia da morte na poesia de Plath não representa apenas o fim, a eliminação definitiva e completa de sua identidade. A morte mítica muitas vezes marca o início de um novo ciclo. Em muitos mitos absorvidos pela poesia de Plath a morte do deus é seguida por seu renascimento. É este o sentido da morte em sua poesia. Seu desejo de morte é nada menos que o desejo de transcendência, de renovação. Para Plath a morte é o fim de um estágio e o início de um período superior de vivência. Este viés interpretativo dá uma nova dimensão à poesia de Sylvia Plath, uma obra magnífica que se sustenta entre as maiores do século, a despeito dos fatos trágicos que marcaram sua vida.
Comentários
>¨<
Traurige Katze
Et... yeux verts
Salut, po�te, salut cynique!
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Vive le bolsa blogger come ça
rsrsrs...
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bloggers on-
E a forma meio que em iluminurias traços concisos que a artista Le Cher Victorie criou. Grande movimento. Mas conhecido com o nome de, "Bonitinhos que fazem rir".
grande... grande
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