Shaman
Então escrevo desesperadamente, compulsivamente. O que não me deixa. O que não me deixava. Procura auxilio nas palavras, minhas próprias palavras. Amaciando o teclado, amaciando o pensamento. Penso que sou essa página em branco e que devo cuidar-se com muito cuidado. Nem sempre isso é possível. Blasfemo esse pedaço de documento virtual com certeza de que não vou ferir ninguém, mas as conseqüências dessas palavras ressoam, e acabar por arder em mim mesmo. Há um pensamento em fuga, uma poesia. Ela se esvai, porque dilacera mais em poucas palavras que a prosa corrida e articulada. Não que a poesia não seja articulada, não necessariamente o é. Na sua desarticulação cria, no seu estado de caos sistematiza. Desconforto é pra quem está confortável, equilíbrio é para quem está desequilibrado. Quero ser o beijo nessa consciência e mesmo apesar do estrume, ainda enxergar a rosa. Sinto que coisas boas, essas que ficam guardadas na nossa memória lúdica, começam a desabrochar. Estou reunindo toda a força do mundo. A força e o poder de cura das florestas amazônicas, fluidos cósmicos, juventude.
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Comentários
Anda sumida. Como está o inverno por aí? de um pôr-do-sol...
Beijos,
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miau...
Beijos
Beijos
Beijos,
Gustavo