Óssip
Óssip Mandelstam
Que raio de rua é esta?
É a rua Mandelstam.
Mas que diabo de nome,
por mais voltas que lhe dês,
soa torto, enviesado.
Ele era pouco lineare
de jeito nada brando.
É por isso que esta rua,
ou melhor, este buraco,
se conhece pelo nome
se conhece pelo nome
de um tal Mandelstam.
Abril de 1935.
(poesia auto-delirante)
(poesia auto-delirante)
In «Fogo Errante, Antologia poética», Tradução de Nina Guerra e Filipe Guerra.
Óssip Mandelstam, poeta, nasceu em Varsóvia (há controvésias...) Polônia, em 1891, descendente de uma família judia. Cresceu na cidade imperial de San Petersburgo. Após muitos anos de exílio interno morreu em um campo de trânsito a caminho da prisão na Sibéria em 1937 (depois de ter escrito um poema insultantes sobre Stalin, que leu a um grupo de amigos e colegas). Ao lado de concidadãos poeta Acmeist Anna Akmatova, ele concebeu uma poesia que foi tanto uma música para o detalhe da vida cotidiana e um testemunho de condições sociais e políticas. O poema "Você e Eu..." ouvido em primeiro em fragmentos e, em seguida, tudo em Óssip é simultaneamente uma história da passagem para o exílio executadas em silêncio e uma metáfora para a morte - uma homenagem do conforto da companhia de outros e da inevitabilidade da partida. (Leia mais em Cronópios Portal de literatura e Arte)
Óssip Mandelstam, poeta, nasceu em Varsóvia (há controvésias...) Polônia, em 1891, descendente de uma família judia. Cresceu na cidade imperial de San Petersburgo. Após muitos anos de exílio interno morreu em um campo de trânsito a caminho da prisão na Sibéria em 1937 (depois de ter escrito um poema insultantes sobre Stalin, que leu a um grupo de amigos e colegas). Ao lado de concidadãos poeta Acmeist Anna Akmatova, ele concebeu uma poesia que foi tanto uma música para o detalhe da vida cotidiana e um testemunho de condições sociais e políticas. O poema "Você e Eu..." ouvido em primeiro em fragmentos e, em seguida, tudo em Óssip é simultaneamente uma história da passagem para o exílio executadas em silêncio e uma metáfora para a morte - uma homenagem do conforto da companhia de outros e da inevitabilidade da partida. (Leia mais em Cronópios Portal de literatura e Arte)
Um poema de Ossip Mandelstam (1891- 1938)
Não, eu não sou de ninguém contemporâneo,
para uma honra tal não estou pronto.
É que nojo me provoca um tal homónimo,
dizer que não fui eu, foi o outro. Duas sonolentas maçãs o século-rei ostenta
e magnífica boca de barro,
mas, moribundo, à mão enlanguescente
do filho a envelhecer se agarra.
A compasso do século ergui também as pálpebras
A compasso do século ergui também as pálpebras
doentias – duas maçãs grandes.
Contavam-me histórias de humanos pleitos inflamados
os rios largos e retumbantes.
Há cem anos branquejava com suas travesseiras
Há cem anos branquejava com suas travesseiras
uma cama leve e desdobrável,
e estirou-se estranho o corpo de barro, a primeira
embriaguez do século findava.
Bem no meio da marcha tão rangente do mundo,
como é levíssima esta cama!
E pois não podemos forjar um outro do fumo,
com este século convivamos.
Num quarto quente, ou numa caverna, nas tendas
morre o século – e por último
sobre hóstia córnea duas maçãs sonolentas
resplandecem num fogo de pluma.
Comentários
Gostei dos poemas!
bjs
Gi;)
Boa quinta!
Quero voltar por aqui, agora estou com um pouco de pressa porque estou correndo atrás daquilo que me fez parar de escrever.
Mas eu volto... até.
Adorei tudo aqui ! vou ficar ...
Obrigada pela visita !
Sucesso sempre !
Beijos
Menina descalça.
menida descalça,
Fique à voltade! vou te linkar, ok? gostei do seu espaço.
Abraço grande,
Gustavo
ficado curiosa e até anotei seu nome, então, eis que ele aparece aqui!
acho que nossos pensamentos estão coincidindo.
b
Quanto as músicas, gosto sim, se bem que nem sempre lá aparecem meus gostos pessoais, mais é para "complementar" com as palavras. Acho que fica legal.
Abraços
...nunca esqueço de você!
abraço,
Gus
modesto
Adoro poesia!
Um abraço
ainda que não tenha tempo de comentar.
;D
beijos, L.
Eu sou brasileiro
porque achou que eu fosse argentino?
abraços
cê não vai de volta ler as respostas aos seus comentários? fiquei à tua espera ;)
bom, então a montanha sobe aqui: resposta à pergunta "de onde você é mesmo?" somos vizinhos eu acho.
áustria e alemanha! :)
portugal e brasil
:)
Teu espaço é dos meus preferidos, minhas emoções aqui são diversas e meu coração bate de verdade. Vc é um grande escritor Gus, já disse que sou tua fã !
bjs
Gi;)
Aliás, muito bom o seu blog...ganhou mais uma seguidora!
Bjs e bom finde!
*Devaneios do eu-lírico*