Viviam numa espécie de oca de esquimó. Fumavam uma espécie tabaco com pequenas minhocas grassas mortas. Na horta de casa havia uma plantação de lenha, um laginho no quintal onde a água corria cristalina, um arranjo de flores na porta. Estavam juntos, perto de lugar nenhum viviam juntos como dois anjinhos, ela e ele. Enquanto poetas publicavam, adicionando uma florada esquecida de palavras alheias ao alheio vocábulo. Havia ao fundo um pequeno escondido poço onde a queda d’água refrescava plantinhas e musgos que nasciam envolta. No sonho, também havia diversas

cores de borboletas. Na beira da mansidão do regato havia um enorme troco depositado pelas chuvas. E nos primeiros dias da criação não havia nada além do que viver na imensidão. As minhoquinhas grassas mortas já não cresciam mais na horta e o tabaco acabou. Então chegou cegou o Tempo de ir embora. Embora suas almas ainda vivam lá para sempre...



Como Wedekind, feito dois gatinhos deixados que poderiam despertar a primavera.

Comentários

BAR DO BARDO disse…
seu texto nos leva para outro paraíso... é um paraíso estranho... mas bom...

namastê, santo gus!
Luma Rosa disse…
Rude e delicado ao mesmo tempo.
Karla Moreira disse…
ah que lindo!

coloca a trilha sonora tb...

b
Gustavo disse…
q tal essa?

:P
Karla Moreira disse…
tinha pensado em As Vitrines... rs

b
Gustavo disse…
embaraçam a minha visão...
Gustavo disse…
gostou do novo cabeçalho?




:b
Karla Moreira disse…
quem é o gatinho?
Gustavo disse…
piu piu

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