Política, ideologia e juventude
Certamente foi essa sensação de injustiça que levou a cabo as revoluções, tanto na Rússia quanto em Cuba. Porém agora eu gostaria de falar sobre a década de 50 e do advento da tecnologia na vida das pessoas. O homem até então vivia em função do trabalho e dos afazeres. O computador, e isso faz bem pouco tempo (estamos em 2006), facilitou muito a vida dos tabeliães, escritores e empresários, substituindo a máquina de escrever. A escravidão dos afazeres domésticos abrandou-se com máquina de lavar roupas, por exemplo. Enquanto a roupa é lavada, a mulher (ou o homem) tem tempo para ler um livro, conversar com os filhos, visitar uma pessoa doente. No entanto criou-se, por consequência, o desejo de consumo. O homem cria e é criado pela tecnologia, segundo me diria Anthony Giddens mas lembrem-se: este ensaio não tem nenhum compromisso acadêmico. Mas eu vós digo, o homem não pode se manter escravo dessas vantagens tecnológicas na busca desesperada por obte-las. Em busca desse poder fálico e prioritariamente individualista, muita coisa é deixada de lado como: o companheirismo, a amizade, o sentimento. O dinheiro é uma necessidade básica. Impossível fugir dessa dura realidade. Porém, a ostentação não deve ser encarada como forma de viver. Viver o dinheiro como meio e não como fim. Viver o que é justo, salutar e o que é certo. Algumas pessoas colocam trabalho e dinheiro como objetivo final, valendo sacrificar o próprio corpo para ganhar o céu. Apenas anulam-se dessa forma, deixando de viver uma vida saudável, vida de relação: o amor, os pais... e desviam-se do objetivo maior que é cuidar do espírito, cuidar dos sentimentos, conversar com os filhos. Pois tanto na arte e no pensamento, quanto no encantamento poético que cada um tem, da vida, deixa-se apenas a essência, o eterno, o que cada um tem de bom.
* Nos próximos textos, com a mesma ignorância, falarei de Física Quântica e Paraísos Artificiais.
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