Noites Adentros
NOITE ESTRELADA. Um astronauta está lá no espaço, onde eu mesmo queria estar, em silêncio. Olho pro céu e imagino o som do cosmos, o silêncio, a calma que deve ser lá em cima. Mas eu me pergunto porquê no fim da noite derramo palavras q doem? E que dessa obra solitária inacabada, por quê adjetivar tanto se eu só quero respostas? Ser tão violento, lento, lento e devagar demais por dentro um vulcão adormecendo e morto. Dragão, por quê tantos bichos? cuspir fogo. Por quê tanto medo e nenhum credo? O inverso também é verdadeiro, uma vaga novidade. Água mais rápida no meio do rio. Olho pro céu mais uma vez, dileto vazio. Fim das horas.
Sem definição
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