Noites Adentros
Continua. Tudo aquilo que fugiu do pensamento pela rua, fugiu da pena, pela pena. Mas, se não está aqui e se aqui estivesse e se eu estivesse aqui, talvez valesse. Esse quase azul que preenche as lacunas mas agora você está próximo de chorar. Esse desastre dessa e outras mais complexas. Tudo que você me prometeu sem ver vou arquitetando uma maneira de dizer, num ponto psico-caótico. Escrevendo a coisa certa sob o crivo do olhar alheio. Falsificador da poesia para não haver censura redundante em qualquer ser humano. Temo o dia. E toda falsa alegria. Escrevo pensando em silêncio agora. Não diga que é o fim, tentando não entender os floreios mas a dor, encaro meu fascínio. Seja minha seja de alguém, do tempo vazio interior da letargia em contraponto com o tédio. Me entrego à vida com dúvidas e receios, carta para mim mesmo. Nada de coisa elaborada. Comer palavra. Nada de redenção nessas, alívio algum. Mas elas estão aqui. Anjo do próprio demônio. Depois de algumas e tantas tentativas desse ter limite no mínimo rebelde, a tendência mundial de se abolir o erro. Minha perda de fôlego é proporcional ao fôlego daquilo que duvido. O erro define a dor por aquilo o que quase secretamente mística ele propõe.
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