assim
Acordo pela manhã com um sonho nos meus olhos. Domingo novamente. Desperto às seis horas para com a luminosidade ver que o dia está nascendo. Logo em seguida volto a dormir. Depois acordo, entre um sonho e outro, seguindo a intensidade do sol. Às nove horas de alguma memória longínqua, me expulsa da cama. Não há nada na minha TV pequena que só funciona na “Globo”. Não nada mais dentro de mim. Esvaziei os últimos seis anos que vivi. Sou uma-linha-zero. Um ponto de partida. Domingo. O jogo fica complicado pra mim... Começo a negociar com o tempo. Contemplo, rememoro. Desgraçada memória. Triste deletério, Sad Walk, triste caminhada. Sigo com meu triste orgulho espanhol, quixotesco, beira a imbecilidade. Cumprir uma profecia midiática, e do Karma, e espiritual. Somente para conhecer mais uma vez a cábula, o desamor, as paixões, a distância, as horas, a imobilidade de expressão. Por isso escrevo. Mesmo que você não veja, ou veja da maneira que você quiser. Mas estou aqui, tanto a dizer, nada a declarar. Constato que estamos sós, nesse dia de sol-entre-nuvens. Esperança de que a Terra se mova mais rapidamente. Esperança de espetáculo no futebol. Limpo as lágrimas. Conto escrito à eira, à beira de alguma angústia que eu possa pegar com a mão. Encaro como um desafio. Um pouco de café e cigarros. Volto às palavras. Tentando encontrar onde eu me caibo. Tentando acertar algum tipo de lance.
11h09min
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Abraço.
Abraço.