A hora do anjo
Fogo Interior
As chuvas de verão, especialmente as chuvas de janeiro desse ano, pintaram a paisagem como eu nunca tinha visto. Pelos meus cálculos, se alguém esteve nos picos em julho do ano passado, já faz seis meses que não passa ninguém por onde eu passei. Nunca vi o mato crescendo nas trilhas. Parece que foram abandonadas. Sei que poucas pessoas não causam impacto visível na vegetação, mas teriam deixado alguns pequenos rastros humanos. Rastros que me meus olhos, há nove dias dialogando com a natureza, seriam capazes de ver. Perceber a nuance de mudanças na atmosfera relativas ao tempo. Desci o pico rezando pra não me perder. Pedindo que eu ainda tivesse forças para enxergar o caminho de volta. Pois quando parte do Todo se ilumina, o Todo aparece em sua plenitude.
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Comentários
Obrigado por acompanhar-me nas várias vezes que trilhamos juntos essas paisagens tão belas. Obrigado por acompanhar esse pequeno relato de uma viagem que me fez tão bem. Resumidamente eram essas as palavras que eu tinha para escrever. No meu alfarábio de letras, meu bolso agora está vazio.
E a vida continua...
sei que essa incrível aventura rompeu com limites do seu mais profundo interno!
Vualá...
Ao imo do meu ser!
Agora forças e coragem para seguir a vida na cidade! já recuperei as energias, estou da cor das terras do serrado - vermelho agreste. E dois kilos mais magro. E mais forte interna e externamente.
Obrigado pelas felicitações,
Gustavo
Moro próximo a esse lindo lugar.
Abraço,
Gustavo