Bonito, meu bem, mas inútil.
Funny, dear, but useless...
Para aproveitar a fala do Amir Klink (apesar de não gostar muito dele, de damno proprio quisque dolere scit “cada um sente seu mal”) que diz que não sente e nem nunca sentiu depressão na cidade, ou seja, no meio urbano. É assim que eu me sinto. Descolocado, deslocado, desapropriado ao que seja propício e formal ou informal, tristeza profunda e saúde psicológica abalada. Mas quando estou nas “minhas terras”, na cumeeira das serras e nos vales, nunca me sinto só, desadequado, impróprio, desapropriado à minha própria saúde, concentrado em mim mesmo. Passei por esses vales durante nove dias completos e oito noites. Caminhando, sozinho, dormindo, fazendo fogueira, olhando pro céu das estrelas, com ou sem estrelas, com ou sem lua. Provei a mim mesmo quem eu era, quem eu sou, e a matéria-prima da qual eu sou feito, e a matéria espriritual que é a minha figura. Depois disso então, desse contato tão próximo, dessa catarse, desse mergulho, mente vertical, não me mais importa- o julgo de ninguém. Nessa disputa acirrada por descobrir a si mesmos. No deserto pós-moderno da Vilarinho. Afinal, injuriarum remedium est oblivi, “a maior vingança é o desprezo”.
Para aproveitar a fala do Amir Klink (apesar de não gostar muito dele, de damno proprio quisque dolere scit “cada um sente seu mal”) que diz que não sente e nem nunca sentiu depressão na cidade, ou seja, no meio urbano. É assim que eu me sinto. Descolocado, deslocado, desapropriado ao que seja propício e formal ou informal, tristeza profunda e saúde psicológica abalada. Mas quando estou nas “minhas terras”, na cumeeira das serras e nos vales, nunca me sinto só, desadequado, impróprio, desapropriado à minha própria saúde, concentrado em mim mesmo. Passei por esses vales durante nove dias completos e oito noites. Caminhando, sozinho, dormindo, fazendo fogueira, olhando pro céu das estrelas, com ou sem estrelas, com ou sem lua. Provei a mim mesmo quem eu era, quem eu sou, e a matéria-prima da qual eu sou feito, e a matéria espriritual que é a minha figura. Depois disso então, desse contato tão próximo, dessa catarse, desse mergulho, mente vertical, não me mais importa- o julgo de ninguém. Nessa disputa acirrada por descobrir a si mesmos. No deserto pós-moderno da Vilarinho. Afinal, injuriarum remedium est oblivi, “a maior vingança é o desprezo”.
Comentários
Bom dia, Gustavo.
Apenas ser. Entre altos e baixos, caminhar contínuamente. Seguir sempre. Sempre seguir. Mas sem perseguir, apenas conviver consigo mesmo. Vê-se que precisamos de pouca coisa pra saberviver.