Pessoas normais fazem coisas indizíveis




Pessoas normais fazem coisas indizíveis. Coisas sobre os nossos olhos, inenarráveis, absurdas. Dignas de uma disputa de fim de batalha, sem conversa, sem credo, sem, nada. Com devido insucesso com que caí nessa cilada. Auxiliado por versos de tempo longo e digno de reflexão. Mas quem me dera. Quem me dera todo o fôlego da razão por si só. Da necessidade em si de ser, ao invés de estar à deriva em mil platôs. Navegando mil realidades... náufragos insucessos, polemizando livros perdidos praquelas putinhas do além. Livros que eu nunca mais voltei ver. Fogem de mim como crianças. Mo as darei uma palmada. Umas palmas na bunda dessas pequenas, pra que não ousem mais roubarem livros de um poeta furtivo. E suas nádegas coçam de vermelhidão. Nunca mais tive meu Spinoza de volta. Volume raro. Eu vo-lo daria se eu pudesse, mas nem era meu...

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