Toca Zé! que eu canto.

Na beira do riachão
ajoelhei e rezei
Pedi três vezes calado vendo 

as água do passado
meu pai amado evoquei 

Senti vento dortro lado
roçar meu peito e assustei
Pedi ao burrinho sagrado
o retraentinho da verdade
daquilo que imaginei

nas curva do ribeirão
E o beijo eterno que herdei
e do riso despovado
levantei arrupiado 

e gritando forte e arto
pro Coiso que vinha vino
eu panhei um sopro só

e num só sopro eu falei -

Salve meu vô Galeno!
Salve andorinha do mato!
Abençoa vó Tálides
as lida do dia-a-dia
e quando cair o dia
e a lua se erguer
sobre o galo,
Salve Indalécio galego!
lá de Bamdi do Ribeiro!
Salve vovó Elvira!
e me apruma boa mira.
E do breu dessa'oração
de Jessé nasceu a flor
e da flor nasceu vara

da vara nasceu flor
e da flor nasceu Maria
de Maria o Salvador!
e na fé no seu amor
que amanheça mais um dia!!!  





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