zero é o caralho


Sabe mardou,

É comovente ver que o mundo mudou.
que ninguém se deu o trabalho de saber quem é Orides Fontela, mas que Adélia Prado continua sendo prato do basilar do manjar de quem bóia.
A vez delia passou.
É hora de lavar os pratos.
Comemos com ingratidão nas calçadas que não se sabe quem limpou. Que um dia alguém, talvez eu, usou de travesseiro o meio fio e meio de Ariadne.
Agora é hora de peidar com vontade. Assim na farofa do repulsa, na farinha do desprezo, no pó da questão que John Fant mandou, Mardou.
Difícil ver alguém que esperou por seis longos anos um cara sair da cana e chutar a bunda de si, acreditar-se ainda no amor. Senão na solidão, fim ou começo.
Vandalismo a parte, depois daqueles oito dias que já não me faz bem lembrar, da dor que restava nas orelhas e na vontade de mandar uma delas pra você, no desespero dos iconoclastas, ao quebrar a imagem dos meus próprios sonhos, no recolhimento apavorante que somou mil anos a minha idade, ainda ver que ativismo e atividade são pleitear taxa zero de sei lá o que no veneno, no buzão do bairro ao centro. E nós que achávamos o máximo andar de caminhão quando pequeno. Está lá. Na luz, nas estrelas.
E na imagem da quebrada, nada. A mesma lama empoçada, a mesma terra vermelha, a velha bola furada, a mesma amarelinha na ladeira. Um esforço do céu pro inferno ou vice-versa. Já não entendo o que estão dizendo.
Espere a primavera Bandini...


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