Noites Adentros

RELEXÃO.
O que será que me espera longe dessa toca? Outra toca? Sair nessa floresta inócua? É tudo que eu quero. Por favor, me dê a direção. Pois num canto frio desse apartamento, enquanto escrevo, enquanto me abrigo da vida lá hora, chora por dentro a vontade de lutar. Eu sou um pequeno burguês falido que chora. Encontrar a felicidade em notas do piano, da grana, que me sustentem no ar mais leve e me dêem alegria. Quero lutar essa batalha, mesmo sem porque, sem saber se eu choro agora pra saber o que mais tarde já perdi. Está perdido. Uma guerra contra o desencaixe nesse mundo volátil onde tudo que é sólido se desmancha no ar. Que arma eu tenho? Medo de morrer? Vender a minha força de trabalho. O homem precisa dos meios de produção para exercer sua força d trabalho. À qual ideologia devo seguir? Quando me doer o frio na pele, a fome ou a vergonha? Pois que um dia vou sair dessa masturbação mental, dialógica, psíquica. Vou sair de detrás dessa máquina para ver o mundo lá fora que ainda ninguém sabe como é.
weisse
Katze

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